Começou com o inglês. Descobri que poderia me comunicar com pessoas em todo o mundo. Aprendi a ler, escrever, ouvir e falar a língua dos gringos e de quebra entrei no mundo deles. Cinema, literatura, música- me apaixonei. Viajei e mergulhei em inglês 24/7.
Mas não me dei por satisfeita. Quis aprender espanhol, pois sendo brasileira, vivo numa ilha rodeada por um mar de hermanos. HeRmanos. Que diacho! Me deparei com um "erre" que faz minha língua tremer além do que a coitada está preparada.
Minha língua é mineira, uai! Ela despreza os "erres". A letra final de amor, mar, e também em porta, verde, não é mais que um sussurro. É tortura pedir que pronuncie reloj, rojo, perro. PeRRo (!!!)
Como se não bastasse, escolhi uma tortura ainda maior: falar francês. Ha ha ha. Não sei nem descrever como o "erre" francês é articulado, mas com todo respeito e por falta de comparação melhor, soa como... limpar a garganta, digamos assim.
Até o "erre" do inglês anda me deixando insegura. É só dizer New JeRsey e me sinto uma caipira.
Pensando tanto sobre "erres", percebi que é assim que se aprende: errando! Errando e tentando novamente, até que a língua se desdobre e me leve a novos mundos.
Pensando tanto sobre "erres", percebi que é assim que se aprende: errando! Errando e tentando novamente, até que a língua se desdobre e me leve a novos mundos.