Paris é grande e há muito o que se ver e visitar – inúmeros monumentos, museus, lugares famosos. Ter somente dois dias em Paris é desesperador, mas fizemos o possível. E em meio ao calor, cansaço, preços altos e a multidão de turistas que lotava as ruas, a cidade conseguiu me encantar.
A viagem de Bruxelas a Paris leva cerca de uma hora e meia, de trem. Cheguei e logo encontrei a Luana - o que foi um alívio porque meu celular não funcionou lá. Pegamos o metrô (3,40 pro dia inteiro, se você tem menos de 26 anos!) e fomos direto ao que interessa – La Tour Eiffel.
Primeiro a vi de longe, linda com o céu azul e o sol brilhando e tive um daqueles momentos de “Wow! Não acredito que estou aqui!” Andamos em direção a ela, passando por um gramado, fontes, cascatas e estátuas e, quanto mais me aproximava menos acreditava na quantidade de pessoas na fila pra subir. Ainda bem que eu já tinha decidido não perder tempo nem dinheiro (pelo menos não dessa vez). Passamos por baixo da Torre e fomos ao supermercado comprar comidinhas para nosso piquenique – sanduíches, queijo, iogurte, biscoitinhos de côco. Sentamos no parque onde muita gente estava tomando sol, comendo, brincando. Foi uma hora engraçada: primeiro um rapaz de cueca veio conversar com a gente dizendo que era a despedida de solteiro dele e que tinha que conseguir números de telefone de garotas; depois outro cara usando vestido e pantufas corria e gritava no auto-falante: “Vive la vie! Vive la vie!” Achei super fino fazer piquenique ao pé da Torre Eiffel!
Passamos pelo Hôtel des Invalides, onde o corpo de Napoleão está enterrado - é uma construção linda, com uma abóbada dourada. De lá fomos de metrô até o Arco do Triunfo e tenho que dizer que realmente há algo de triunfo naquele arco! É impressionante e imponente. Andamos pela Champs Elysées e fomos encontrar as meninas (Viktoryia, Karina e Andreza, que vieram dirigindo de Bruxelas) na entrada do Louvre. É legal estar em lugares que antes só via em filmes, livros e sonhos!
Deixamos para entrar no Museu no dia seguinte, voltamos ao Arco e Champs Elysées com as meninas, onde vi uma placa dizendo que o inventor Santos Dumont morou lá, e fomos de metrô ao Moulin Rouge (nunca vi o filme, que vergonha!). Outro momento “dã”: descobri que moulin significa moinho, haha! Aproveitamos que estávamos perto e subimos (e quase morri) as escadarias da Sacre Coeur, mas a vista da cidade lá de cima é linda e valeu a pena. Comemos crepe (lógico) e fomos em busca de um café que as meninas queriam muito ver, o Café des 2 Moulins (franceses gostam de moinhos, né!?), do filme O Fabuloso destino de Amélie Poulain (outro para minha lista).
No dia seguinte nos encontramos com as meninas (depois de umas duas horas procurando o hotel) e fomos de carro a Versailles. Decidimos não pagar para entrar nos jardins porque não daria tempo pra apreciar, mas conseguimos entrar de graça no palácio. Conhecemos o máximo possível em mais ou menos duas horas – puro luxo! Almoçamos, comemos macarons (lógico!) e fomos para o Louvre. Antes de encarar a fila paramos numa das pontes sobre o Sena, onde casais predem um cadeado simbolizando o amor e jogam a chave no rio.
A fila estava longa porque era de graça (primeiro domingo do mês), mas estava movendo depressa. Faltava menos de duas horas para fechar (claro que o Louvre já estava na minha lista de lugares a voltar com mais tempo e dinheiro). Como todo visitante de primeira viagem, fomos direto na estrela do museu, a Monalisa. Eu já sabia que ela era pequena e nunca entendi a razão de toda a fama, mas ela realmente tem um magnetismo. Vimos também a Vênus e o apartamento de Napoleão – mais luxo!
As meninas foram embora, eu e Luana comemos algo e encerramos minha visita a Paris!
Amo viajar e descobrir as maravilhas do mundo, mas também gosto de desmistificar os lugares. Muita gente acha que a Europa é primeiro mundo, que Paris é puro glamour, que as pessoas são melhores. Apesar de linda, histórica e romântica, achei Paris suja, o metrô cheirava a xixi, havia muitos pedintes e imigrantes vendendo bugigangas baratas e até vi uma gangue de adolescentes – meninas – furtando uma turista no metrô. Qualquer lugar tem suas belezas e seus problemas, pessoas bonitas e feias, ricas e pobres, boas e ruins.
C’est la vie!