Primeiro foram os morcegos. Deixei a janela
aberta por algumas horas e quando cheguei dei de cara com dois morceguinhos. A
princípio fiquei assustada, com medo de ser atacada, mas consegui fazer um voar
e sair pela janela novamente, mas o outro voou pro quarto e se refugiou lá no
alto, nas vigas do teto. Me cobri dos pés à cabeça na hora de dormir, imaginando
o morcego subindo em mim e mordendo meu rosto, mas ele não me perturbou. Três
dias se passaram, mantive uma toalha a postos até o momento em que cheguei e o
vi quietinho ao pé da cama. O bichinho até que era bonitinho! Joguei a toalha
em cima dele, peguei e o joguei pela janela. Ana versus os morcegos: ponto pra
Ana!
Agora são as moscas – ou como eu as chamo: moscas-zumbi
comedoras de aranhas! Não é normal a quantidade de moscas que voam e morrem
aqui na torre. Todos os dias preciso varrer centenas delas do chão! Não entendo
como vieram parar aqui, pois quase não abro as janelas e quando abro
coloco a tela. No início fiquei zen, mas com o passar dos dias isso foi me
irritando! Aquele monte de mosca voando e zumbindo à noite, no dia seguinte um
monte de cadáver no chão, e quando acendo as luzes elas se queimam e deixam um
cheiro de torrado. Onde estão as aranhas quando preciso delas? Acho que agora
são as moscas que estão atacando as aranhas. E às vezes elas ficam paradinhas,
mas quando passo a vassoura elas voam! A única explicação é que havia ovos em
algum lugar da torre e agora, com a temperatura, elas nasceram. Não consigo
pensar em outra coisa. Ou talvez haja um cadáver escondido aqui... que medo de
acordar no meio da noite com a cara cheia de mosca! Ana versus moscas zumbis
comedoras de aranhas: ponto pra elas. Talvez seja uma mensagem...
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