Saturday, February 26, 2011

Quem somos nós?


Nós nascemos, crescemos, vivemos em família, estudamos, trabalhamos, nos reproduzimos, morremos. Não é assim pra todo mundo, mas é assim pra maioria, no mundo todo. Vivemos em meio a estereótipos, expectativas e crises – Quem sou eu?
Pesquisando e conversando com amigos, percebi a dificuldade que temos em nos descrever, em definir quem somos. Há quem diga que há vários “eus” em cada um de nós e que a melhor forma de avaliação é usar o ponto de vista alheio.
Na tentativa de auto-conhecimento, questionei e refleti sobre alguns aspectos:
Identidade nacional  - não concordo com a generalização: brasileiro é alegre, americano é frio, árabe é terrorista, etc. Eu, como brasileira, não compreendia certos costumes e comportamentos de estrangeiros que conheci. Atitudes como reserva e discrição podem ser entendidos por nós, brasileiros,  como frieza ou antipatia; auto-confiança e nacionalismo como soberba ou superioridade. Porém, mesmo sem entender como as indianas conseguem usar o sári, os árabes aquelas barbas, os chineses comerem aquelas coisas e americanos gostarem de picles, todos têm meu respeito. Cada um merece ser conhecido e avaliado por sua individualidade e não por sua nacionalidade. Mas até que ponto a cultura da sociedade em que nascemos influencia quem somos?
Fases - nascemos e somos identificados apenas como “o filho de fulana e ciclano”. Crescemos, vamos pra escola, e aí sim os rótulos começam: nerd, bagunceiro, preguiçoso, burro, atleta, patricinha. Às vezes resistimos, mas na adolescência a busca pela afirmação da “personalidade” afeta comportamento, jeito de vestir, falar, se relacionar. Chegamos à casa dos 20 e somos os futuros médicos, professores, empresários. A cada faixa etária nos comportando como é esperado de nós, fazendo o que se deve para ser aceitos pela sociedade. Primeiro você é filho, depois estudante, depois profissional, cônjuge, pai, mãe, avô, avó – cada um cumprindo seu papel no roteiro da vida social.
Identidade Familiar - mais do que a herança genética, acho que a convivência e ensinamentos familiares moldam boa parte de quem você é. Às vezes por imitação – queremos ser íntegros e batalhadores como nossos pais; outras vezes por distinção – não quero ser alcoólatra ou preguiçoso como fulano ou ciclano, por exemplo. E passamos a vida carregando o nome, as memórias, posses, histórias e origens de nossos antepassados e de nós mesmos.
Profissão – quanto de nossa personalidade é formada pelos nossos talentos, conhecimentos ou habilidades? O trabalho que eu faço todos os dias faz de mim quem eu sou? Não devemos dirigir respeito ou preconceito a alguém somente por ser médico ou gari.
O que faço não diz quem eu sou. Minha idade não diz quem eu sou. Minha família não sou eu. Minha aparência não sou eu. Minhas opiniões e sonhos não sou eu. Porque o “ser” muda a gente – de lugar, tempo, companhia. Eu sou assim com fulano, mas sou assado com ciclano; eu penso isso hoje, mas talvez não depois de amanhã. Comecei o texto com uma pergunta, mas estou longe de ter encontrado uma resposta. Talvez o segredo para uma crise seja a flexibilidade:
“(...) Coloque água em uma garrafa, ela se transforma em garrafa. Coloque água em uma chaleira, ela se tranforma em chaleira. Água pode fluir ou cair. Seja água, meu amigo.” – Bruce Lee


Wednesday, February 23, 2011

The certainty of death shouldn't scare us. It should motivate and encourage us to do our very best right here, right now.
*
A certeza da morte não deve nos assustar. Ela deve nos motivar e encorajar a fazer o nosso melhor aqui e agora.

(Ana Elisa Miranda)

Thursday, February 10, 2011

Minhas andanças










    Thursday, February 3, 2011

    Eu sonho muito. Literalmente. Sonho quase toda noite e me lembro bem das maluquices. Às vezes acordo cansada, triste, confusa, pensativa. O sonho dessa noite parecia um filme daqueles em que o mundo está acabando, em que a humanidade está se transformando em zumbi ou morrendo e que você tem que fugir e se salvar ou encontrar a cura.
    Acordei, me dei conta do sonho interrompido e fiquei pensando: se eu tivesse que fugir, abandonar meu lar por algum motivo e soubesse que nunca voltaria e também não fizesse a menor ideia do que me aguarda no caminho... o que eu levaria? Que tipo de roupa e sapato usaria, o que seria essencial à minha sobrevivência na jornada? Levaria alguma lembrança? Uma foto, um objeto? 
    Essa é mais uma variação dos meus devaneios de "E se a casa pegasse fogo, o que eu tentaria salvar?" e "Vou morar em outro país, o que levar, deixar e doar?"
    Bom exercício de desapego e posso dizer que estou ficando boa nisso.

    E você, o que leva contigo? O que salva?