Me apaixonei por Viena.
Embarquei sem saber muito sobre a cidade, sem
ter pesquisado, sem planejamento, mas com um envelope lacrado que deveria ser
aberto na noite de Ano Novo. Viena foi assim: cheia de boas surpresas.
A cidade é linda, limpa, organizada.
Passeamos sem rumo pelo centro e comemos sopa
com fatias de panqueca fazendo papel de macarrão. Sem querer topamos com a Casa
da Música e foi uma das melhores partes da viagem. Comemos Sachertorte (um bolo
de chocolate tradicional). Visitamos as estátuas dos compositores no Stadtpark
e tomamos chá nos charmosos cafés vieneses. Andamos muito e teimosamente até encontrar o cinema para assistir "O Hobbit". Fomos ao Palácio Schönbrunn e nos deleitamos com os cheiros vindos das barraquinhas de vinho
quente, doces, sopas, linguiças. Visitamoss a casa onde Sigmund Freud morou por
muitos anos e onde também atendia seus pacientes e dava início à psicanálise.
Claro que me lembrei do filme “Um método perigoso” que havia assistido recentemente.
Também fomos à casa onde morou o Mozart e ouvimos histórias muito interessantes
com o audio tour. Comemos schnitzel (vitela empanada e frita) e andamos muito
de metrô, que é muito fácil e prático – até no dia 01/01 às 05h quando
precisamos ir para o aeroporto. Ah! A conexão para o aeroporto é ótima: em 15
minutos de trem direto chegamos lá e já havíamos despachado a mala no saguão da
conexão mesmo.
No dia 31 eu pude abrir o
envelope surpresa. Tentei não pensar no que era, mas imaginava que eram
entradas e iríamos a algum lugar. Nunca imaginei que veria um dos shows mais
lindos da minha vida! Pela primeira vez vi uma Orquestra Sinfônica ao vivo! É
realmente de arrepiar, ainda mais em Viena. Depois da Orquestra andamos
pela cidade e pelos inúmeros palcos espalhados nos pontos principais. Música ao
vivo, barraquinhas, muita gente e muito frio! À meia noite assistimos à queima
de fogos e brindamos à vida nova!