Monday, July 12, 2010

Gi e eu fomos à praia domingo passado, pra finalmente aproveitar um dia lindo à beira-mar e pegar um bronze. Mas a gente também queria assistir a final da Copa, então logo que chegamos, procuramos um lugar legal. A mulher do diner que tomamos café falou pra gente voltar e eles passariam o jogo. Pelo menos tínhamos uma opção, caso não encontrássemos um lugar mais bacana.
Depois de ter aproveitado o máximo de sol e areia que uma pessoa normal consegue, decidimos conferir um “mall” que tem lá na orla. Demorou, andamos um bocado até encontrar um bar/restaurante com televisão. Era agradável, com uma vista linda da praia, não podíamos querer mais. Escolhemos nossos lugares no bar, esperamos por uns 10 minutos, fui ao banheiro e voltei e eles tinham acabado de servir a cerveja da Gi. Eu sentei, esperei (e acenei) por um tempo, até que um dos garçons olhou para mim e perguntou o que eu queria. O jogo começou e estava tudo bem, o bar estava lotado, imagino o que seja difícil pra eles.
Vimos o jogo (120 minutos), tomamos nossas cervejinhas (seis, eu acho), mas sempre que precisávamos de um garçom, tínhamos que agarrá-los pela camisa (figurativamente). Nos sentimos invisíveis, sentadas com os copos vazios por uma eternidade, mas depois vimos que não era só com a gente, outras pessoas estavam reclamando também. Então o problema não era nós, era mau atendimento em geral. Eu disdisse à garçonete que não queria outra e ela colocou a conta em um copo na nossa frente (não significava que a Gi também não queria).
Fim de jogo, a Espanha venceu (eba!) e eu morrendo de vontade de vê-los receber a Taça, mas logo que pagamos nossa conta o garçom mudou o canal e começou a bater um spray e limpar o balcão (na verdade ele borrifou foi a gente!). Olhamos uma pra cara da outra e respiramos fundo, quando o outro cara veio perguntar se a gorgeta estava certa (U $ 1,80 - a nossa conta deu U $ 41,20).
Demos a volta no balcão, porque tinha uma última TV mostrando a entrega dos títulos, e ele veio e mudou o canal, sem falar nada, ou pedir desculpas. Gi saiu, mas eu disse: "Licença, ainda estamos assistindo." “Agora tá passando baseball.” “A gente pode terminar ...?" Você quer seus dois dólares de volta?" E essa foi a gota d’água. Eu sou uma covarde, eu não brigo, eu não discuto, e quando eu fico nervosa eu esqueço inglês. Saímos e eu estava tão brava comigo mesma por não ter respondido, por não ter dito que se eles quisessem gorgeta gorda que devem oferecer um melhor atendimento e respeito a seus clientes.
E isso nos deixou pensando e conversando muito sobre atendimento, gorgeta e natureza humana em geral. Eu acho que deveria melhorar a minha inteligência emocional, a minha habilidade de argumentação, mas ao mesmo tempo, tenho pena, ele nunca irá longe na vida agindo assim e apesar de a situação me fazer sentir raivinha de mim também me fez sentir feliz porque eu não sou o estúpido.

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