Sunday, September 23, 2012

Sapus brejeirus




            Sapo é um animal vertebrado da classe dos anfíbios, pertencente à ordem dos batráquios ou anuros (sem cauda no estágio adulto). Variam de dois a 25cm de altura, apresentam corpo abrutalhado e pele coberta de verrugas. Os indivíduos adultos são pardo-escuros, às vezes com manchas. O mais característico dos sapos brasileiros é o sapo-cururu (Bufo marinus), útil ao homem, pois devora insetos que infestam as plantações. Absorvem através da pele produtos químicos da água e do solo e são por isso considerados excelentes indicadores ecológicos da saúde do ambiente.
            Alguns representantes da espécie são célebres, como aquele que foi beijado por uma linda princesa e logo se transformou em um jovem príncipe. E, como num bom conto de fadas, é claro que sua historia terminou com um “e foram felizes para sempre...”.
            E tem também um “muso inspirador” de canções populares: “O sapo não lava o pé, não lava porque não quer, ele mora lá na lagoa, não lava o pé porque não quer, mas que chulé!” Se bem que levar essa fama não deve ser muito agradável. Hoje ninguém sabe se ele ainda mora naquela lagoa ou se seu problema foi resolvido.
            Porém, a espécie mais intrigante e peculiar é a recém descoberta Sapus brejeirus, cujo habitat natural é uma pequena cidade ao norte do estado de Minas Gerais, Brasil. Os brejeiros levam uma vida pacata de interior, vendo a vida passar num ritmo lento e gostoso. Para ajudar a passar o tempo, eles costumam se ocupar da vida alheia, mas geralmente são inofensivos. É uma espécie dócil e amigável, acolhe com hospitalidade indivíduos de outras espécies e regiões.
            Os brejeiros também migram periodicamente. Alguns se adaptam bem a outros climas, outros não. Uns até tentam disfarçar e negar sua raça, mas todos um dia voltam a seu habitat natural.
            Um costume típico desta espécie foi relatado pelos observadores e denominado Farras constantes. É quando muitos Sapus brejeirus se agrupam em um determinado local, produzem um barulho ensurdecedor e se movem de um jeito estranho. As relações sociais são intensas, principalmente entre sexos opostos. Muitos gostam de beber um tipo de destilado ou fermentado.
            Por fim, cientistas observaram nesta bizarra espécie um mecanismo apurado de defesa e, por que não dizer, fraternidade: os brejeiros podem falar mal à vontade de seu habitat natural, mas se algum estranho se atreve... Viram Feras!

(Ana Elisa Miranda - 2007)


            

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