Wednesday, January 13, 2010

The time of my life!

O ano mais intenso da minha vida está na reta final e agora, assim como no início, e no meio também, os sentimentos se misturam, se confundem, se multiplicam, superlotam meu coração. Antes era medo do desconhecido, do novo. Era uma falta de tudo o que era familiar que chegava até doer; era o deslumbramento ao ver lugares novos, a alegria de estar realizando um sonho e a expectativa das muitas coisas boas que estavam por vir. Agora é a saudade de casa, a vontade de voltar, o medo da readaptação, da nova rotina. A certeza de que vou sentir muita saudade dos EUA, dos amigos que fiz aqui, da família que me acolheu.
Nesse ano que passou eu conheci Nova York. Museus, bairros, Estátua da Liberdade, Rockefeller Center, lojas famosas, Quinta Avenida, Central Park. Vi desfiles (Halloween, Thanksgiving) e as lojas decoradas pro Natal. Vi que NY realmente nunca dorme, que os taxistas são malucos (mas sobrevivi) e que é o lar de todos os povos e culturas.
Passei uma semana na Disney, me divertindo como criança, sorrindo e me deslumbrando o tempo inteiro; Visitei a capital, Washington, onde fui no bar mais bizarro e dormi no hostel mais monstruoso, mas me diverti muito e gastei pouco. Ah, e tive aula de mandarim com o coleguinha de quarto chinês. Ia pro Alabama ver a Dani e a Karen, mas acabei indo pra Miami com a Ju, onde tivemos as melhores férias ever! Praia-balada-praia. Foi a semana em que esqueci do mundo, encontrei surpresas, entrei de cabeça e ganhei lembranças e amigos que vão ficar no coração.
Vi um jogo da NBA no Madison Square Garden (realizei o sonho do Vini), patinei no gelo, fui em parque aquático, e ao Six Flags (maiores montanhas-russas do país), fiz guerrinha de bola de neve, dirigi pra caramba, tive voos horríveis nos quais senti medo de morrer, fui pra casa da Carol em Pittsburgh e vi o Cirque du Soleil, e realizei um dos maiores e mais antigos sonhos da minha vida: vi os Backstreet Boys cantarem ao vivo, de pertinho! Várias primeiras vezes e sensações impagáveis!
Na primeira semana conheci um pouco do mundo e mais do Brasil. Uma amostra do que seria o ano de Au Pair. Éramos mais ou menos 60, 12 brasileiros (MG, SP, BA, SC, PE). Além do inglês, às vezes tínhamos dificuldade em nos entender. Mas nos divertimos muito com isso. Tantos sotaques, tantas diferenças vindas de um só país. Mas do treinamento cada um foi pra sua casa e aqui em NJ encontrei o meu porto, minhas queridas amigas, um pedacinho do Brasil. É com elas que posso ter o alívio de falar um pouco de português, almoçar em Newark, reclamar da vida e fazer planos. Mas como nada é perfeito, não dá pra evitar o momento em que cada uma segue seu caminho, volta pra casa. Primeiro a Matilde, agora Dani, Vanessa, Ju, Carol... Isso aqui não vai ter tanta graça sem vocês... mas logo eu volto pro Brasil e vou ter casa pra ficar em SP, Salvador, Recife... Sem contar México, Alemanha, Ucrânia...
No balanço final dessa experiência maravilhosa, vai sobrar saudade pra dar e vender.

Monday, January 4, 2010

Passar pelas ruas de New Jersey em Dezembro é fascinante. Eu já tinha visto como os americanos se empolgam com decoração no Halloween, mas o Natal é incomparável. O sol se põe às 5 e as luzes começam a se acender. É mágico. Ruas inteiras com casas iluminadas! Árvores de Natal monumentais, Papai Noel inflável, renas de estrutura metálica que se mexem, Papai Noel entrando pela chaminé, guirlandas nas portas, luzes ao redor das janelas, candy cane, gingerbread house, música de Natal tocando o dia inteiro nas rádios... ufa! Quem não decora a frente da casa ou é judeu ou não dá a mínima. Mas o engraçado é que das dezenas de casas que observei, apenas uma tinha o motivo verdadeiro da festa: Maria, José e o menino Jesus. Andei pensando e tirando minhas conclusões de que a maioria das pessoas valorizam tanto o exterior, a aparência, a casa, o carro, as roupas, que o que realmente importa fica de lado: os valores, a moral, a espiritualidade. É tanta decoração, tanta maquiagem, pra disfarçar que do lado de dentro falta alguma coisa.
(Ana Elisa)