Friday, December 31, 2010

Sobre o Ano Novo

   Comecei 2010 em solo novaiorquino, respirando o ar gelado do inverno. Claro que foi especial, mas nada de extraordinário. Os 365 dias que se seguiram, esses sim, foram maravilhosos. Não achava que tanta coisa cabia em um ano só, mas na intensidade de 2010 aprendi e cresci.
   Resolvi ver a vida como um todo, um dia após o outro. Não importa que hoje seja 31 de Dezembro e amanhã 1 de Janeiro. Não faz diferença. Não farei promessas de ano novo que nunca serão cumpridas, nem superstições de passagem, rituais ou macumba. Farei o que quero que seja uma constante em minha vida: estar perto de gente amada, com pensamento e atitude positiva, pedindo a Deus saúde e proteção, vivendo – e não apenas presenciando – o momento.


  I began 2010 in New York, breathing the cold winter air. Of course it was special, but nothing extraordinary. The following 365 days, these were wonderful. I didn’t think so much could happen in one year only, but in the intensity of 2010 I learned and grew.
   I decided to see life as a whole, one day after the other. It doesn’t matter that today is December 31st and tomorrow is January 1st. It makes no difference. I won’t make New Year promises that will never be kept, nor passage superstitions, rituals or “macumba”. I’ll do what I want is a constant in my life: be close to beloved people, with positive thoughts and attitude, asking God for health and protection, living – not just seeing – the moment.

Thursday, December 30, 2010

Meus 15 minutos de fama

Já dizia Andy Warhol: “No futuro todos serão famosos por 15 minutos.”





No dia 23 de dezembro reuni na minha cidade natal amigos e familiares queridos para compartilhar a alegria de um momento tão importante e especial em minha vida – o lançamento do meu primeiro livro.

Obrigada àqueles que estiveram presentes e também àqueles que, mesmo não podendo ir, enviaram energia positiva J Agradeço também o apoio incondicional e constante da minha família, em especial meus pais; Nando e Du pela decoração; tia Gera e equipe pelo buffet e mais uma vez, a Brunno, por tudo. Um agradecimento especial ao Bethel Liliane Xavier Oliveira da Ordem Internacional das Filhas de Jó pela homenagem surpresa (ninguém entendeu porque Laís me chamava de Tia haha) e pelo lindo buquê.






Pra fechar a noite, a participação do Trio Jota Sá -  envio meu abraço à linda e talentosa Juliana Gorayeb e desejo toneladas de sucesso J


Em Montes Claros estivemos na Livraria Nobel e foi uma noite super tranquila a agradável. Obrigada a todos os colegas, ex-colegas, alunos, ex-alunos, amigos e familiares. Um beijinho especial para Bernardo e Larinha que fizeram muita gente babar hehe :) 

Enquanto isso... umas historinhas em off:

Sou Phyna #1: entrevista na rádio! (tudo bem, Rádio Raízes, mas vale né?!)

Sou Phyna #2: anúncio do lançamento na TV (nem sabia que ia passar e estava assistindo, imagina minha cara de idiota kkk)

Sou Phyna #3: Igor, 8 anos, grampeando folhas e desenhando na frete.
Mãe: “O que você está fazendo, Igor?”
Igor: “Vou escrever um livro, igual Ana Elisa!”

Sou Phyna #4: dei meu primeiro autógrafo! (assinei e dediquei um monte, pra conhecidos, mas esse foi do nada, tão espontâneo! Ok, estou na Nobel e o vendedor mostra meu livro a uma garotinha, converso com ela e o pai, saio da livraria e ela vem atrás porque decidiu comprar e queria que eu assinasse! Imagina minha cara de idiota2)

Qualquer dia desses... eu planto uma árvore e tenho um filho.


Wednesday, December 15, 2010

Lançamento


“Qualquer dia desses… eu escrevo um livro. Não será o próximo Harry Potter ou Crepúsculo, mas será o meu livro! E terei meus próprios leitores, imaginem só! E terei minha obra nas livrarias, bibliotecas, e mesinhas de cabeceira. Não serei uma imortal como o Machado de Assis, nem famosa como o Paulo Coelho, mas minhas palavras entrarão na imaginação das pessoas.
Sonhava que qualquer dia desses eu seria capaz de despertar talvez a mesma curiosidade que sinto ao escolher um novo livro da estante, a mesma emoção ao decodificar seus mistérios, o mesmo entusiasmo ao recomendá-lo a um amigo.
E este dia chegou.”

É com grande alegria que venho convidá-lo para o lançamento do meu primeiro livro, Qualquer dia desses, que se realizará nos dias:

23 de dezembro de 2010 às 20h na  Loja Maçônica Luzes da Fraternidade e Justiça, em Francisco Sá – MG.

28 de dezembro de 2010 às 20h na livraria Nobel, Montes Claros Shopping.

                                                    

Com os cordiais cumprimentos e aguardando sua presença no evento,
Ana Elisa Silveira Miranda

Friday, December 3, 2010

Perda


Sabia que seria a última vez que olharia em seus olhos. Ele foi meu amor. Ele foi minha vida. Nós tivemos o que a maioria das pessoas passam a vida inteira procurando – amor de verdade, felicidade, companherismo incondicional e confiança. Estivemos  juntos por vinte e sete anos e lá eu estava, sentada ao lado da cama, segurando sua mão e olhando aqueles doces olhos castanhos. Não conversamos. Não precisava. Ambos sabíamos o que estava para acontecer.
Os problemas renais dele vinham ficando piores desde o ano anterior. Os médicos disseram que ele precisava de um transplante. Nenhum de seus três filhos era compatível. Sua esposa, vivendo num mundo de fantasia, nem sabia o que estava acontecendo. Então, veio como uma piada; meus exames mostraram que eu poderia ser a doadora. Eu, a amante, a intrusa. Irônico.
Ele nunca me prometeu nada. E eu estava perfeitamente feliz daquele jeito. Por um lado, eu tinha mais que ela. Ele não podia se separar, não com a doença tomando conta da sanidade e saúde dela tão rápido. Ele era um homem bom. E eu tinha seu amor, atenção, seu tempo. Tudo estava bem. Por vinte e sete anos, lidamos com tudo – a família dele, a minha, o julgamento da sociedade. Mas estávamos bem.
Nunca o deixei durante o tratamento. Quando soube que eu poderia ser a doadora, não hesitei. Fizemos a cirurgia e dei um pedaço de mim a  ele. Parecia tão natural, a coisa certa a fazer. Me recuperei muito rápido, mas ele teve complicações. Fizeram tudo o que podiam, mas ele não melhorava. Ele lutou pela vida por mais de um mês, mas todos sabiam que seria inevitável.
Não fui ao funeral. Sofri sozinha olhando para as flores desabrochando no nosso parque favorito. Por um momento, me senti perdida. A vida como eu a conhecia tinha acabado. Eu escolhi viver longe da minha família e perto dele. Não tive filhos. Estava sozinha. No entanto, depois de tanto tempo, aprendi muito com ele. E é isso que vai me levar adiante. Ele me ensinou a não me preocupar com o amanhã, porque se preocupar com o hoje era o bastante; e a não permitir que minha felicidade dependa de algo ou alguém. Com ele, encontrei alegria dentro de mim.  Estava feliz por termos tanta história, por ter feito tudo o que pude para ajudá-lo e por ter acabado. Ele não sofria mais. Nem eu. 

Ana Elisa Miranda

Texto inédito :) Não está no livro Qualquer dia desses (Lançamento dia 23 de dezembro na Loja Maçônica Luzes da Fraternidade e Justiça às 20h)

Wednesday, November 24, 2010

Lançamento

Galera!
Hoje tenho notícia boa pra contar: fiz o pedido do livro! Agora é só esperar ficar pronto. O prazo é 17 de dezembro. Estamos pensando em boas datas para lançamento (em Francisco Sá e Montes Claros). A ideia inicial para Francisco Sá é 22 de dezembro, quarta. (quer melhor presente de Natal?! hehe). O que acham?

Para compra e informações liguem (38) 9144 3046 ou envie email para qualquerdiadesses1@yahoo.com.br

Obrigada!

Sunday, November 14, 2010

Qualquer dia desses... eu publico meu livro!

Publicar um livro é uma gestação. Está pronto há meses mas como nem tudo depende de mim, ainda estamos em processo. Foi assim: Brunno deu a ideia e me ofereceu ajuda. Revisei os textos antigos e escrevi novos. A tia dele revisou. O Khalil fez a capa pra mim. Procurei a Editora Unimontes. Passei o material pro diagramador e, semana vai semana vem, ajusta aqui, ajusta ali recebi pela primeira vez o meu livro (a boneca, primeiro exemplar ainda precisando de ajustes). Não consigo descrever o que senti no momento. Depois fizemos a ficha catalográfica e pedido de registro - ISBN - que não chegou até hoje e é só que estamos esperando pra imprimir! Qualquer dia desses.... haha :)

Porém, desde já agradeço o apoio de todos e convido-os para o coquetel de lançamento, com data e local ainda a ser confirmado. Conto com a presença de vcs!

Thursday, November 4, 2010

Acorde!

Um amigo me emprestou há algum tempo um dos melhores livros que já li – Awareness, de Anthony de Mello. É o tipo de coisa que você lê e pensa: “Poxa, isso é verdade! Era isso que eu estava precisando ouvir!” Gostei tanto que comprei um pra mim e leio um pouco todos os dias, porque as ideias defendidas por Anthony são difíceis, desafiam nossa mente programada pela sociedade.

Abaixo algumas citações (traduzidas livremente por mim):

“There must be a better way of living than depending on another human being.”
Deve haver uma forma melhor de se viver do que depender de um outro ser humano.
“Everything we do is in our self interest.”
Tudo o que fazemos é por interesse próprio.
“Expect the worse, you are dealing with selfish people.”
Espere o pior, você está lidando com pessoas egoístas.
“Exchange your illusions for reality, your dreams for facts. Life becomes meaningful.”
Troque suas ilusões por realidade, seus sonhos por fatos. A vida ganha significado.
“You don’t need to belong to anybody or anything. You don’t even need to be in love. Who told you you do? What you need is to be free. What you need is to love.”
Você não precisa pertencer a nada ou a ninguém. Você nem precisa estar apaixonado. Quem te disse isso? O que você precisa é ser livre. O que você precisa é amar.
“Pleasant experiences don’t lead to growth. What leads to growth is painful experiences.”
Experiências agradáveis não levam ao crescimento. O que leva ao crescimento são experiências dolorosas.
“What does it mean to love? It means to see a person or thing as it really is, not as you imagine it to be.”
O que significa amar? Significa ver uma pessoa ou coisa como ela realmente é, não como você a imagina.
“Feed yourself with nature, good movies, good books, work, good company.”
Se alimente de natureza, bons filmes, bons livros, trabalho, boa companhia.

Pensei em explicar algumas das citações, mas vou deixar para livre interpretação.

با تشکر از شما
(Hoping Google translator is right...Thank you, Kaveh!)


Sunday, October 24, 2010

Liberte-se!

Na quarta-feira passada fui a uma palestra sobre limitações e desafios na sala de aula. No final a palestrante tocou a música Breakaway, que tem uma mensagem linda e tudo a ver comigo. Como adoro compartilhar e motivar, levei a tradução/adaptação para a reunião das Filhas de Jó (faço parte do Conselho) e quero também compartilhar aqui. Boa semana a todos!





Me Libertar (Adaptação livre da música Breakaway de Kelly Clarkson)

Cresci em uma cidade pequena
E quando a chuva caía
Eu olhava pela janela
Sonhando com o que poderia ser
E se eu fosse feliz
Rezaria
Esforçando-me para chegar lá
Mas quando eu tentei falar
Senti como se ninguém pudesse me ouvir
Queria continuar aqui
Mas algo parecia tão errado
Então eu rezava
Para poder me libertar

Eu vou abrir minhas asas e eu vou aprender a voar
Eu farei o que for preciso até tocar o céu
Fazer um desejo, arriscar, mudar e me libertar
Longe da escuridão, em direção ao sol
Mas eu não vou esquecer todos aqueles que eu amo
Eu vou arriscar, mudar e me libertar
Quero sentir a brisa morna
Dormir debaixo de uma palmeira
Sentir a adrenalina do oceano
Entrar a bordo de trem-bala
Viajar em um avião a jato
Bem longe
E me libertar

Edifícios com cem andares
e portas giratórias
Talvez eu não saiba onde me levará, mas
Continuo me movendo
Voando alto, me libertando

Embora não seja fácil dizer adeus
Tenho que arriscar, mudar e me libertar
Mas eu não vou esquecer o lugar de onde eu venho
Tenho que arriscar e me libertar

Sejam quais forem os desejos do seu coração, eles não são por acaso. Acredite em você e no Pai Celestial que te protege e orienta. Arrisque, mude, lute pelo que acredita, mas sempre se lembre de quem você é, de onde veio e daqueles que te amam.

Sunday, October 17, 2010

Livro Qualquer Dia Desses

Pessoal, quero agradecer a vocês pelo apoio que tenho recebido e dizer que estou muito feliz com a iminente publicação do livro Qualquer dia desses.
Estamos na fase de diagramação (está ficando bonitinho, hehe) e logo será registrado e poderá ser impresso (ebaaaa!)
Assim que marcar as datas e locais de lançamento eu aviso (Francisco Sá e Montes Claros). Conto com a presença de todos, hein?!

Monday, October 4, 2010

A política no Brasil é literalmente uma sujeira e uma palhaçada (sem ofensa aos palhaços).

Monday, September 27, 2010

Meu relógio de pulso estava com a bateria morta há mais de um ano. Finalmente resolvi ir trocar e, ao observar o senhor trabalhar, trocar minha bateria e acertar a hora, me peguei pensando no tempo. Na verdade, estava imaginando em que o senhor relojoeiro fica pensando o dia todo enquanto trabalha silenciosamente com marca-tempos : relógios. Será que ele pondera sobre o quanto o tempo é traiçoeiro e passa rápido demais quando queremos aproveitar cada segundo? Ou devagar demais quando queremos que um determinado momento chegue? Será que na sabedoria de sua idade ele chegou à conclusão de que o tempo cura qualquer ferida e resolve qualquer problema? Nunca saberei.
Mas tenho pensado muito na vida, no tempo, na sua imprevisibilidade e poder.
Meus colegas de faculdade organizaram um almoço, um reencontro. Foi a primeira vez que estive com um grupo reunido, depois de três anos. Foi surreal contar e ouvir tantas histórias – quem casou, quem teve filho, quem se mudou da cidade. Houve um momento que minha mente viajou até os primeiros dias de curso, as expectativas e medos que tínhamos, as decisões que tomamos, como tudo era diferente e como tudo o que vivemos nos levou até o hoje.
Fiquei feliz em revê-los. Pessoas com as quais convivi e compartilhei muito da minha vida durante quatro anos. Sempre serão uma importante parte de minha história. E o tempo? Não tem o poder de apagar esse tipo de coisa.
(Ana Elisa)


Wednesday, September 22, 2010

Este é o meu pai! Meu exemplo de coragem, honestidade, generosidade, gentileza, paciência, amor e muitas outras coisas que não caberiam aqui e nem precisam ser ditas, né? Vocês entenderam, rsrs*
Esta é minha homenagem ao homem da minha vida, que faz aniversário hoje e que ontem comemorou 26 anos de casamento com minha mãe. Amo muito vocês dois!!!
“Um homem nunca se banha no mesmo rio duas vezes. Na segunda, já não é o mesmo homem, nem o mesmo rio”.
Foi com esta frase em mente que me preparei pra voltar ao Brasil. Meu medo era estar dando um passo pra trás, regredindo – voltando a morar com os pais, trabalhando na mesma escola, na mesma profissão que me deixava tão insatisfeita. Porém a ideia contida nessa frase é tão verdadeira e me fez compreender que apesar de estar voltando ao mesmo lugar, ao mesmo trabalho, às mesmas pessoas que deixei... eu não sou mais a mesma, e a forma como vou lidar com minha velha-nova vida é que vai determinar meu progresso e minha felicidade.
Mas enfim, já estou aqui há um mês e foi tempo suficiente pra muita observação, muito pensar (razão das minhas dores de cabeça quase diárias) e sim, já tenho vontade de botar o pé na estrada novamente.
Primeiro pensamento ao me aproximar do sertão mineiro: “Estou em casa!” Seguido de “O quê que eu tô fazendo aqui?” Não me entendam mal, estou feliz por estar em casa, com minha família e amigos. Mas poxa vida, como está seco, sujo e feio aqui. Eu até sentia o gosto da poeira na minha boca. Isso mesmo: gosto de poeira!
Em segundo lugar, tive que desacelerar meu ritmo e me acostumar a não ter as coisas e lugares que eu gostava lá, assim como as pessoas e atividades que fazíamos. Mas isso está sendo remediado pelos fins de semana em família e pelos novos projetos.
Até hoje estranho como as ruas são estreitas, às vezes falo coisas em inglês sem querer e nunca vou me readaptar a essa sensação de insegurança e medo. Interessante como me senti mais confortável e segura vivendo em outro país, sozinha do que no meu próprio.
De vez em quando tenho a sensação de que estive dormindo esse tempo todo, tendo um sonho bom, e que agora acordei, como se eu nunca tivesse saído daqui. Mas as lembranças, amigos, e pricipalmente o aprendizado, a força e a coragem que adquiri não me deixam esquecer que essa experiência me transformou. Não sou a mesma pessoa e não me banho no mesmo rio.
(Ana Elisa)

Thursday, September 2, 2010

Aqueles que nascem pra viajar deveriam nascer preparados pra saudade. Mas as boas coisas da vida, as que deixam memórias e ensinamentos não são fáceis. Vivi em outro país por 18 meses, aproveitando cada dia, mas sentindo falta do meu lar, da minha família. Voltei, e agora sinto falta dos amigos de lá, dos lugares que visitei, do sentimento de novo.
A vida é feita de ciclos e todos precisam chegar ao fim para que se comecem os novos. Estou aberta ao novo ciclo, sendo melhor ou pior, mais ou menos complicado. Ele fará parte da minha história, da minha jornada e de quem eu sou.
Quanto a saudade, talvez um dia me acostume, mas nunca será fácil.

Thursday, July 22, 2010

I dream everything I have fits in a backpack...

I lived in the US for 18 months, day by day, thinking this moment would take longer to come, that it was in a very distant future. But it’s here. It’s time to pack and go home. And those are two scary – for lack of a better word – things to do. I’m not a great shopper, and I really don’t mind getting rid of things (if it’s not my books) so I shouldn’t have had problems. But it turns out a year and a half made me have a lot of absolutely necessary stuff.
I’m trying to be cool about all this, but each drawer emptied is like a Pandora box of surprises and memories (like the winter boots that are so warm and cute and I have no idea when I’m going to see snow again! Not to mention how the heck I’m going to fit them in my suitcase?). Now I look at my (ex) room and it’s so empty, impersonal, ready for the new AuPair to take her place.
I do my chores thinking it`s only one more week to go and then I`m not an AuPair anymore. I`m just Ana. One more week… and I`ll miss these wonderful kids so much!
I came here to find myself. Yeah, that`s a damn ambitious thing to do in 18 months. I thought I could figure everything out and go back home absolutely sure of who I am and what I`ll do. Guess what? That`s not how life works. I lost myself in lazyness and fun. But also in great trips and friendships. It was worthy. I allowed myself to have the time of my life.
I don`t even need to mention how much I grew mature and independent. Stronger, but in some ways, more sensitive. Being away messed my heart up!
As I try not to think too much of how I`m going to miss the friends I made, the lifestyle I got so used to and try not to feel that going home is a step back in my life, I go in practical mode, researching – jobs, universities, opportunities. I think about my book, about seeing my family and old friends. I think, think, think and I wish there was a little button to switch it off.

(Ana Elisa)

Monday, July 12, 2010

McLoone's Pier House has just lost some costumers

Gi and I went to the beach last Sunday, to finally enjoy a beautiful day by the sea and get some tan. But we also wanted to watch the World Cup Final so as soon as we got there we asked around and looked for a place to see it. The woman at the diner we had breakfast told us to come back and they’d put it on. At least we had an option in case we didn’t find a more exciting place.
After having as much sun and sand as a normal person can have, we decided to check out the boardwalk/mall they have there. It took us a while of going around to find a bar/restaurant with tvs. It was very nice, with a beautiful view of the beach, we couldn’t ask for more. We chose our seats right at the bar, waited for about 10 minutes, I went to the restroom and came back and they had just served Gi her beer. I sat, waited (and waved) for another while until one of the waiters looked at me and asked what I wanted. The game started and everything was fine, the bar was busy, I could imagine how hard it can be for them.
We enjoyed the game (120 minutes), our beers (six, I think), but everytime we needed a waiter we had to pretty much grab their shirts (figuratively). We felt invisible, sitting with our empty cups for ages, but then we saw that it wasn’t only us, other people were complaining too. So the problem wasn`t us, it was bad service in general. I told the waitress I didn’t want another and she put our bill in a cup in front of us (it didn’t mean Gi was done too).
Game over, Spain won (yay!) and I was dying to see them hold the Cup but as soon as we payed our bill the waiter changed the channel and started spraying and cleaning the counter (he actually sprayed us!). Gi and I looked at each other and took a deep breath, when the other guy came asking if the tip was correct (U$1,80 – our bill was U$41,20).
We went around the counter, to the last tv showing the World Cup, and he came and changed the channel, without even asking, or apologizing. Gi left, but I said “Excuse me, we`re still watching that.” “Baseball is on now.” “Can we just finish…?” “Do you want your two dollars back?” And that was the last straw. I`m a coward, I don`t fight, I don’t argue, and when I get nervous I forget English. We left and I was so mad at myself for not replying, for not saying that if they wanted big tips they should offer a better service and respect their costumers.
And that left us thinking and discussing a lot about service, tipping and human nature in general. I think I should improve my emotional intelligence, my arguing skills, but at the same time, I pity him, he won`t get any farther in life acting like that and although the situation made me feel mad at myself it also made me feel glad I am not the asshole.
Gi e eu fomos à praia domingo passado, pra finalmente aproveitar um dia lindo à beira-mar e pegar um bronze. Mas a gente também queria assistir a final da Copa, então logo que chegamos, procuramos um lugar legal. A mulher do diner que tomamos café falou pra gente voltar e eles passariam o jogo. Pelo menos tínhamos uma opção, caso não encontrássemos um lugar mais bacana.
Depois de ter aproveitado o máximo de sol e areia que uma pessoa normal consegue, decidimos conferir um “mall” que tem lá na orla. Demorou, andamos um bocado até encontrar um bar/restaurante com televisão. Era agradável, com uma vista linda da praia, não podíamos querer mais. Escolhemos nossos lugares no bar, esperamos por uns 10 minutos, fui ao banheiro e voltei e eles tinham acabado de servir a cerveja da Gi. Eu sentei, esperei (e acenei) por um tempo, até que um dos garçons olhou para mim e perguntou o que eu queria. O jogo começou e estava tudo bem, o bar estava lotado, imagino o que seja difícil pra eles.
Vimos o jogo (120 minutos), tomamos nossas cervejinhas (seis, eu acho), mas sempre que precisávamos de um garçom, tínhamos que agarrá-los pela camisa (figurativamente). Nos sentimos invisíveis, sentadas com os copos vazios por uma eternidade, mas depois vimos que não era só com a gente, outras pessoas estavam reclamando também. Então o problema não era nós, era mau atendimento em geral. Eu disdisse à garçonete que não queria outra e ela colocou a conta em um copo na nossa frente (não significava que a Gi também não queria).
Fim de jogo, a Espanha venceu (eba!) e eu morrendo de vontade de vê-los receber a Taça, mas logo que pagamos nossa conta o garçom mudou o canal e começou a bater um spray e limpar o balcão (na verdade ele borrifou foi a gente!). Olhamos uma pra cara da outra e respiramos fundo, quando o outro cara veio perguntar se a gorgeta estava certa (U $ 1,80 - a nossa conta deu U $ 41,20).
Demos a volta no balcão, porque tinha uma última TV mostrando a entrega dos títulos, e ele veio e mudou o canal, sem falar nada, ou pedir desculpas. Gi saiu, mas eu disse: "Licença, ainda estamos assistindo." “Agora tá passando baseball.” “A gente pode terminar ...?" Você quer seus dois dólares de volta?" E essa foi a gota d’água. Eu sou uma covarde, eu não brigo, eu não discuto, e quando eu fico nervosa eu esqueço inglês. Saímos e eu estava tão brava comigo mesma por não ter respondido, por não ter dito que se eles quisessem gorgeta gorda que devem oferecer um melhor atendimento e respeito a seus clientes.
E isso nos deixou pensando e conversando muito sobre atendimento, gorgeta e natureza humana em geral. Eu acho que deveria melhorar a minha inteligência emocional, a minha habilidade de argumentação, mas ao mesmo tempo, tenho pena, ele nunca irá longe na vida agindo assim e apesar de a situação me fazer sentir raivinha de mim também me fez sentir feliz porque eu não sou o estúpido.

Wednesday, June 16, 2010


A foto mais esperada da minha vida!

Backstreet Boys This is Us tour



O dia do show foi se aproximando, mas eu não estava ansiosa. Com tantas outras coisas acontecendo, minha cabeça não tem espaço pra muita coisa ao mesmo tempo.
Acordei no domingo com uma mensagem da Leidi dizendo que queria sair às 13h e eu iria de trem pra cidade dela. Vi os horário e, ou eu pegava o de 10:54 ou o de 12:54, resultado, tomei banho, me arrumei correndo, pus a bateria da câmera pra carregar um pouco, pedi carona pros meus hosts e fui. Nem pensei em nada, nem lembrei que estava indo realizar um dos maiores sonhos da minha vida, há mais de 10 anos.
Fomos de trem pra Long Branch, comemos, pegamos um táxi pro local do show e esperamos... Meio desorganizado, e tinha um segurança lá que não parava de gritar com a gente. Depois o tal do Justin chegou, pegamos nossos VIPs e esperamos... Nessa hora eu comecei a ficar meio nervosa, imaginando como serio, o que eu falaria pra eles, vi gente com cartaz, presentinho, menina toda arrumada, haha, mas no fundo eu sentia a certeza de que nada importava, que pra eles não faz diferença, eles vêem tantas fãs e ganham tantas coisas que não vão lembrar de uma. Então o que seria importante pra mim seria o meu momento, minha foto com eles, meu primeiro show completo, de pertinho.
Entramos pro Sound Check, eu não acreditava o quão perto estava do palco, e fiquei só pensando em tudo o que sonhei durante todos esses anos, no tanto que chorei e planejei. E agora eu estava ali, achei que fosse chorar, desmaiar, mas eu só sorria, estava numa euforia tranquila, se isso é possível.
Daí o Nick entrou, comendo uma maçã; depois o Howie, tomando chá, hehe. O AJ, meu deus, eu não conseguia tirar os olhos dele, o banquinho dele era bem do nosso lado do palco, eu olhava, sorria, acenava, e ele acenou de volta! Ganhei meu dia! Depois o Brian entrou fazendo palhaçada, bem a cara dele. Conversaram um pouco com a gente, cantaram três músicas, depois responderam perguntas. Eu não conseguia pensar direito em português, imaginem em inglês! Mas pensei numa pergunta pro AJ e falei com o Justin, que estava com o microfone bem na minha frente, mas quando ele perguntou pra galera quem tinha uma pergunta, todo mundo se esgoelou e ele deu o mic pra outra e eu falei “Poxa, eu falei antes com você!” e ele disse que elas estavam enlouquecendo, mas eu também estava! Talvez tenha sido melhor, porque eu não sei se conseguiria articular a pergunta, haha. Eu iria dizer que um dos meus maiores sonhos era estar ali, e perguntar pra se depois de tanto sucesso, qual era o maior sonho dele. Era a melhor pergunta de todas haha.
Na hora das fotos eles vieram pra grade do nosso ladinho, fiquei olhando e babando o tempo inteiro e agradecendo a Deus por aquele momento perfeito. Na hora da minha foto, fui, sorrindo, calma, apertei a mão do Brian e disse “I’m SO happy to be here today!”, apertei a mão do Alex, peguei no ombro dele e disse “I have to give you a hug, I love you, you have to bring your solo tour to Brasil!”, ele me abraçou e sorriu. O segurança disse “Handshake only, ok?” e eu cumprimentei o Nick e o Howie. Eu disse “I`m so happy I forgot all my English!” e eles disseram que não, que estava ótimo. Fui pro meio, o AJ e o Nick chegaram o rosto pertinho e tirei minha foto! Aí, sim, eu tava gelada e tremendo. Hahahha, não parava de sorrir e pensar, abracei o AJ! Fechava os olhos e ficava repassando a cena na minha mente, pra gravar bem.
Então esperamos...
Entramos e a Karla estava na grade já, guardando lugar. Corremos e ficamos bem lá na frente. Tinha umas baixinhas atrás da gente, tentando arrumar confusão, pedindo pra gente se espremer mais pra frente, tentando empurrar, ai, aquilo estava me tirando do sério, e meu corpo já estava doendo, não respirava direito, nessa hora eu achei que fosse desmaiar. Mas até que o tempo passou rápido e teve uma apresentação de um grupo de dança de adolescentes, bem bonitinho, depois a Leigh do Brian passou perto da gente, o Baylee apresentou a banda e começou o show.
O palco era pequeno, baixo, então deu pra ver tudo de pertinho, dava pra olhá-los nos olhos e ver o suor escorrendo. Show simples, sem banda, só com um Dj-baterista, os vocais e quatro dançarinas. Começaram com Everybody e foram agitando a galera. Achei que fosse ficar surda. Nas trocas de roupas passavam um filminho no telão, versões que eles fizeram de filmes famosos. Às vezes um deles olhava pra nossa direção, acenava, mas não dá pra ter certeza pra quem eles estão olhando. Mesmo assim é emocionante. Ficamos bem na frente do centro do palco e colocamos a bandeira do Brasil na grade. Eu não conseguia parar de sorrir e agradecer a Deus.
Tem uma música em que eles dão uma rosa pra fã. A Karla fez um cartaz “Nick, give me the rose!”. Ele viu, deu uma piscadinha, e falou baixinho “I got you.” A gente ficava apontando pra ela, ele dançando e passando a rosa do corpo, e teve uma hora que eu estava apontando pra ela, ele olhou pra mim e balançou a cabeça. No finalzinho da música ele desceu até nós, deu a rosa pra ela e abraçou. Gente, o Nick estava a menos de meio metro de mim! Hahah
Cantaram músicas antigas e músicas do This is Us, dançantes, românticas, enfim, show perfeito! Depois esperamos o Alisson buscar a gente, eles me deixaram em casa e eu não consegui dormir direito, com o corpo dolorido e as cenas e músicas voltando na minha mente. Nunca vou esquecer.

Thursday, May 6, 2010

Vivendo a historia




Sábado, 1 de maio de 2010. Minhas amigas e eu nos encontramos no Central Park, estava um dia lindo, acima dos 30 graus e sem nuvens. Fizemos picnic, sentadinhas na grama, à sombra das árvores, aquele monte de gente com roupa de banho, tomando sol. Andamos pelo parque, vendo os lagos, os patinhos, esquilos, flores, as pessoas caminhando com cachorros, andando de patins, bicicleta, correndo. Eita vida boa! O inverno acabou! Encontramos o Imagine (tributo ao John Lennon) e também o prédio onde ele morou (Central Park West.) A fonte da abertura do seriado Friends estava fechada para reformas.
Pegamos o metrô pra Times Square, andamos por lá um pouco, comemos, tomamos uma cervejinha no Friday’s e fomos para a exposição King Tut, na rua 44, sobre o Rei Tutankamon. Simplesmente maravilhosa! Objetos reais, encontramos na tumba dele, coisas super bem conservadas que datam de milhares de anos atrás. Impressionante! Mas a múmia era réplica, hehe. A real não sai do Egito.
Quando saímos da galeria, havia uma multidão, diziam que a Broadway estava fechada e que não dava pra ir naquela direção, mas ninguém sabia dizer por quê. Pensamos que algúem muito famoso ia passar e ficamos lá no meio dos curiosos. Mas estava demorando e desistimos, então fomos em direção à estação e TODA a Times Square estava fechada, cheia de policiais e bombeiros. Ninguém explicava nada, eu achei que tivesse sido um acidente e fomos embora.
No dia seguinte tivemos a notícia de que um carro havia sido abandonado na rua 45, com uma bomba caseira que falhou, mas possuía alto potencial de explosão. Sinceramente não sei o que sentir até hoje. Eu estava do lado de uma tentativa de ataque terrorista! De repente, coisas que vejo na tv e acho absurdas, acontecem mais perto de mim do que eu gostaria. Realmente, enquanto os problemas não batem à sua porta, você não se importa. O ser humano é assim.
Mas uma coisa é certa. Esse acontecimento me fez ter certeza da fragilidade da vida. E do quanto estou feliz em estar viva, respirando, sorrindo, chorando, me estressando, sonhando. E foi mais uma lição no aprendizado de viver o hoje, aqui e agora.

Monday, April 5, 2010

Loss

I knew it would be the last time I’d ever stare into his eyes. He was my love. He was my life. We had what most people spend their whole life looking for- true love, happiness, unconditional companionship and trust. We had been together for twenty seven years and there I was, sitting by his bed, holding his hand and looking into his sweet brown eyes. We didn’t talk. There was no need. We both knew what was going to happen.
His kidney problems had been getting worse this past year. The doctors said he needed a transplant. None of his three sons was compatible. His wife, living in her world of fantasy, didn’t even know what was going on. Then, it happened as a joke; my blood tests showed I could be his donor. I, the lover, the family intruder. Ironic.
He never promised me anything. And I was perfectly happy the way it was. In a way, I had more than her. He couldn’t divorce her, not with her disease taking away her sanity and health so fast. He was a good man. And I had his love, his attention, his time. Everything was just fine. For twenty seven years, we coped with everything- his family, my family, society’s judgment. But we were fine.
I never left his side during his treatment. And when I learned I could be his donor I didn’t hesitate. We had surgery and I gave him a piece of me. It felt so natural, the right thing to do. I recovered really fast, but he had some complications. They did everything that could be done, but he wouldn’t get any better. He struggled for life for more than a month and everyone already knew the inevitable.
I didn’t go to the funeral. I mourned alone staring at the blooming flowers in our favorite park. For a moment I felt lost. Life as I knew was over. I chose to live far from my family and close to him. I didn’t have kids. I was lonely. However, after so much time I learned a lot with him. And that’s what’s going to keep me moving. He taught me not to worry about tomorrow, because it’s enough to worry about today; And not to let my happiness depend on anyone or anything. With him, I found joy inside of me. I was glad that we have so much history, I was glad I could do what I did to help him and I was glad it was over. He was not suffering anymore. And neither was I.

(Ana Elisa)

Thursday, February 4, 2010

SAUDADE!

Da comida da minha mãe, e de vê-la pra lá e pra cá na cozinha pequena da nossa casa, cozinhando, lavando, mandando a gente sair.
Das risadas do meu pai vendo televisão sozinho na sala de baixo. Dele subindo as escadas pra pegar mais peito de frango grelhado ou queijo assado com alho.
De deitar espremida com mãe na minha cama, vendo televisão.
De Yara reclamando de tédio.
De comer miojo com Hiram no sofá do apartamento.
De gritar Tia Mena pela janela.
De atacar a geladeira dela.
De sentar do lado de fora de casa observando as nuvens de chuva ou o pôr-do-sol.
De assistir Lost e Harry Potter com Hiram e Yara um milhão de vezes nas férias.
De ver todo mundo ajudando no almoço de domingo.
De ver mãe bordando vestidos de noiva por horas.
Das palhaçadas de Laís e do pavio curto de Nina.

(Ana Elisa - inacabado...)

Wednesday, January 13, 2010

The time of my life!

O ano mais intenso da minha vida está na reta final e agora, assim como no início, e no meio também, os sentimentos se misturam, se confundem, se multiplicam, superlotam meu coração. Antes era medo do desconhecido, do novo. Era uma falta de tudo o que era familiar que chegava até doer; era o deslumbramento ao ver lugares novos, a alegria de estar realizando um sonho e a expectativa das muitas coisas boas que estavam por vir. Agora é a saudade de casa, a vontade de voltar, o medo da readaptação, da nova rotina. A certeza de que vou sentir muita saudade dos EUA, dos amigos que fiz aqui, da família que me acolheu.
Nesse ano que passou eu conheci Nova York. Museus, bairros, Estátua da Liberdade, Rockefeller Center, lojas famosas, Quinta Avenida, Central Park. Vi desfiles (Halloween, Thanksgiving) e as lojas decoradas pro Natal. Vi que NY realmente nunca dorme, que os taxistas são malucos (mas sobrevivi) e que é o lar de todos os povos e culturas.
Passei uma semana na Disney, me divertindo como criança, sorrindo e me deslumbrando o tempo inteiro; Visitei a capital, Washington, onde fui no bar mais bizarro e dormi no hostel mais monstruoso, mas me diverti muito e gastei pouco. Ah, e tive aula de mandarim com o coleguinha de quarto chinês. Ia pro Alabama ver a Dani e a Karen, mas acabei indo pra Miami com a Ju, onde tivemos as melhores férias ever! Praia-balada-praia. Foi a semana em que esqueci do mundo, encontrei surpresas, entrei de cabeça e ganhei lembranças e amigos que vão ficar no coração.
Vi um jogo da NBA no Madison Square Garden (realizei o sonho do Vini), patinei no gelo, fui em parque aquático, e ao Six Flags (maiores montanhas-russas do país), fiz guerrinha de bola de neve, dirigi pra caramba, tive voos horríveis nos quais senti medo de morrer, fui pra casa da Carol em Pittsburgh e vi o Cirque du Soleil, e realizei um dos maiores e mais antigos sonhos da minha vida: vi os Backstreet Boys cantarem ao vivo, de pertinho! Várias primeiras vezes e sensações impagáveis!
Na primeira semana conheci um pouco do mundo e mais do Brasil. Uma amostra do que seria o ano de Au Pair. Éramos mais ou menos 60, 12 brasileiros (MG, SP, BA, SC, PE). Além do inglês, às vezes tínhamos dificuldade em nos entender. Mas nos divertimos muito com isso. Tantos sotaques, tantas diferenças vindas de um só país. Mas do treinamento cada um foi pra sua casa e aqui em NJ encontrei o meu porto, minhas queridas amigas, um pedacinho do Brasil. É com elas que posso ter o alívio de falar um pouco de português, almoçar em Newark, reclamar da vida e fazer planos. Mas como nada é perfeito, não dá pra evitar o momento em que cada uma segue seu caminho, volta pra casa. Primeiro a Matilde, agora Dani, Vanessa, Ju, Carol... Isso aqui não vai ter tanta graça sem vocês... mas logo eu volto pro Brasil e vou ter casa pra ficar em SP, Salvador, Recife... Sem contar México, Alemanha, Ucrânia...
No balanço final dessa experiência maravilhosa, vai sobrar saudade pra dar e vender.

Monday, January 4, 2010

Passar pelas ruas de New Jersey em Dezembro é fascinante. Eu já tinha visto como os americanos se empolgam com decoração no Halloween, mas o Natal é incomparável. O sol se põe às 5 e as luzes começam a se acender. É mágico. Ruas inteiras com casas iluminadas! Árvores de Natal monumentais, Papai Noel inflável, renas de estrutura metálica que se mexem, Papai Noel entrando pela chaminé, guirlandas nas portas, luzes ao redor das janelas, candy cane, gingerbread house, música de Natal tocando o dia inteiro nas rádios... ufa! Quem não decora a frente da casa ou é judeu ou não dá a mínima. Mas o engraçado é que das dezenas de casas que observei, apenas uma tinha o motivo verdadeiro da festa: Maria, José e o menino Jesus. Andei pensando e tirando minhas conclusões de que a maioria das pessoas valorizam tanto o exterior, a aparência, a casa, o carro, as roupas, que o que realmente importa fica de lado: os valores, a moral, a espiritualidade. É tanta decoração, tanta maquiagem, pra disfarçar que do lado de dentro falta alguma coisa.
(Ana Elisa)