Friday, October 23, 2009

A quarta estação

Saí do aeroporto e podia ver minha respiração e a de todos em volta. Havia blocos de gelo pelo chão e no dia seguinte nevou sem parar. Tínhamos que ir de um prédio a outro no campus onde estávamos tendo o treinamento e, em menos de dez minutos a neve já tinha derretido pra dentro da minha bota, eu já não sentia direito as orelhas, os dedos, o nariz estava vermelho como um pimentão e os lábios ressecados.
A primeira vez que vi neve foi inesquecível. Estávamos andando em direção ao refeitório quando vi umas coisinhas minúsculas dançando e brilhando no ar. Durante a aula, eu não conseguia tiarar os olhos da janela, porque a neve não parava de cair e tudo estava ficando branco. Eu estava maravilhada. E assustada. Logo os caminhões vieram tirar a neve das ruas e estradas e a vida seguia normalmente, naquele frio anormal.
O frio dura muito tempo aqui. Teoricamente fevereiro é o último mês do inverno, que dá lugar à primavera. Mas só consegui abrir mão das jaquetas e casacos no fim de abril. Os dias ficaram malucos: chuva num instante e no outro o sol mais brilhante que já vi. As pessoas começaram a jardinar. Falando sério, nunca vi flores tão lindas, tão vivas! As árvores, antes mortas, sem nenhuma folhinha sequer, agora estavam cobertas de flores. E os carros amanheciam cobertos de uma coisa verde – que depois descobri ser pólen. E todo mundo parecia ter alergia, menos eu.
Em junho começamos a usar short, chinelo, filtro solar, ir às praias e piscinas. A alegria e animação era palpável. A temperatura subia um pouco, o sol dava o ar da graça e todo mundo já estava fora de casa, correndo, passeando com o cachorro, tomando sorvete ou lendo um livro no parque. Os fins de semana eram cheios de eventos ao ar livre, shows, feiras, festivais. Os dias eram longos, o sol nascia antes das 6 da manhã, com toda força, e o pôr do sol era às 8:30 da noite. Impressionante.
E enfim cheguei ao fim do ciclo: o outono, a tristeza antecipada pelo inverno. Mas é tão lindo! Árvores douradas, alaranjadas, vermelhas, amarelas... chão, carros, tudo coberto de folhas. Folhas, folhas e mais folhas! Chuva, ventos fortíssimos, temperaturas inacreditáveis e, acreditem se quiserem: neve. Hora de tirar as roupas do fundo das gavetas e do armário, hora de comprar mais luvas, cachecóis e meias. Hora de se preparar para mais de seis meses de frio. E compreender porque os americanos amam o (curto) verão.

(Ana Elisa)

Tuesday, September 22, 2009

Você é feliz?



E lá vamos nós de novo. Pensar sobre aquelas perguntas chatas, sem resposta, que nunca saem da nossa cabeça. A de hoje é: o que é a felicidade? Já li e conversei muito sobre esse assunto. Muita gente diz que felicidade completa não existe, que nós podemos ter momentos de alegria, de bem-estar, mas não somos felizes. Eu, por exemplo, nunca estou satisfeita com a vida. Tenho muitos sonhos e planos e, à medida que vou realizando o que quero, fico feliz, mas logo depois já quero mais. E o pior, muitas vezes eu não faço ideia do que seja esse mais. E daí vem a angústia, a crise. Sou uma pessoa dada a dramas, a grandes preocupações, a crises existenciais. Talvez se eu desocupasse minha mente de tanta baboseira, sobraria espaço pra mais felicidade. Se eu parasse de me preocupar tanto com um futuro incerto, houvesse mais satisfação com o que já é. Mas sempre me falta algo.
A gente acha que “quando eu tiver tal emprego vou ser feliz” ou “só vou ser feliz quando me casar...” “ai, mas um filho completaria tudo...” E como a gente deve se sentir no presente? O que faz você levantar da cama todos os dias? O que te dá vontade de viver? O que você enxerga quando pensa no futuro? Enfim, pra quê você vive? Acho que as pessoas foram feitas para serem felizes e, como todos dizem, a vida é tão curta, e só temos uma chance de usá-la bem.
Ás vezes penso que se eu morresse hoje me arrependeria de muita coisa que deixei de fazer, de pessoas que deixei de conversar, perguntar como vai, ou conhecer melhor, realmente se interessar por ela. Verdades que precisavam sair do peito, sentimentos que precisavam fluir, palavras que precisavam ser ditas ou escritas. Lugares que queria ter visto.
Então sou uma aprendiz, venho me ensinando essa pequena lição todos os dias, um dia de cada vez. Ser feliz, estar em paz, viver aqui e agora. Carpe Diem!

Wednesday, September 9, 2009

O casamento

Não se casaria. Nunca cometeria tamanha asneira. Casar-se? Estruturar toda uma vida ao lado de alguém para vê-la ruir pelo quase inevitável divórcio? Ver o encanto desaparecer após os primeiros três ou cinco anos... e ver seu casamento sendo arrastado por longos e preciosos anos de sua vida como fizeram seus pais? Acordar ao lado da mesma pessoa todos os dias, toda descabelada, cara amassada e sem escovar os dentes? Ver seu lindo namorado - agora marido - ficar mais gordo a cada dia que passa, tomando cerveja e assistindo futebol aos domingos? Ver-se transformada ao mesmo tempo em empregada doméstica, mãe do próprio marido e amante sensual? Preferiria o simples papel de namorada. Ou de nada. Estaria muito bem sozinha. Obrigada.
Certa vez leu um negócio mais ou menos assim: não me caso, porque não preciso. Tenho três bichinhos em casa que substituem perfeitamente um marido: um cachorro, que rosna de manhã, um papagaio, que fala palavrão o dia inteiro e um gato, que volta de madrugada para casa... Triste realidade.
Tentava se lembrar se chegou a conhecer algum casamento realmente feliz... Não lhe ocorreu absolutamente nenhum. Alguns andavam até mais ou menos, mas nada que imite a felicidade mesmo. Amor? Tentava imaginar entre quais brigas - ou contas a pagar - este belo sentimento havia se perdido. Afinal, o que acontece com as pessoas quando colocam aquela aliança no anular esquerdo?
Este seria o século em que a família seria destruída. O que aconteceu com aquelas famílias grandes, unidas e felizes? O que aconteceu com as bodas de prata, ouro, platina?
Formar uma família... Ter filhos... Primeiro eles te deixam gorda e feia pra sempre e seu marido não te deseja mais como antes. Depois eles choram a noite toda e acabam de vez com a sua vida amorosa. Depois ainda te chamam de antiquada e careta pelo resto da vida e fazem exatamente o contrário do que você tenta ensiná-los.
Tinha pavor de tudo isso. Amava sua vida de jovem solteira. Realmente, tinha nascido pra ser titia. Nunca cometeria tamanha asneira.
Mas então, o que mudou? O que aconteceu para ela estar ouvindo aquele discurso “na alegria e na tristeza, na saúde e na doença até que a morte os separe?” e dizendo um sim diante do padre neste exato momento? Ora, no fundo, no fundo, toda mulher sonha em entrar na igreja de véu e grinalda, em ter seu “lar, doce lar”. E, afinal, ela estava amando... e havia pressa em se casar antes que a barriga começasse a crescer.
(Ana Elisa)

Monday, August 17, 2009

"Qualquer dia desses"... eu verei os BSB (disse isso por 10 anos)


15 de agosto de 2009 foi o dia em que realizei um sonho de dez anos – ver os Backstreet Boys de perto. Vou contar o caso do início... Participando da comunidade BSB no orkut conheci a Leidi, que é fã deles e mora em New Jersey. Ela já tinha fotos com eles, autógrafos, tudo. Quando eu vim pra cá eu vi que morávamos perto, mas nunca chegamos a nos ver. Um dia eu fui à página dela pra dar um “Oi” e vi que os BSB estariam aqui em NJ em duas semanas. Perguntei pra ela, ela me passou o link do evento e eu, muito oferecida, pedi pra ela me levar, porque eu não dirijo pra longe aqui. Ela disse que sem problemas e eu comprei meu ingresso próximo do dela. Falei também com a Michelle, que mora pertinho também e não podia perder essa chance. No dia do show eu estava meio lesada, sem pensar muito, super tranquila. Eu sabia que seria somente uma apresentação, porque tinha outros cantores também. Chegando no local, ficamos rodiando o estacionamento, tentando ver por onde eles entrariam, mas não conseguimos, tinha um acesso pro backstage que era restrito e era exatamente lá que eles estavam. Começou o show com um povo que eu nunca tinha ouvido falar, demorou mais de uma hora... Daí a Leidi, que estava mais na frente mandou uma mensagem no meu celular assim: “Já vi bsb. Morri.” Então eu morri também né! Haha! Vi o Howie lá no fundo do palco, depois o AJ. Nessa hora comecei a tremer. Tremi muito! Gritei mais que em montanha-russa. Eles entraram, de um a um, cantaram Everybody, I want it that way e pela primeira vez ao vivo, Straight through my heart, que é a música de trabalho do CD This is us, com lancamento marcado pra Outubro. Eles estavam lindos, lógico, dançaram MUITO! Estavam com um pique! Eu não conseguia nem piscar. Fiquei numa dúvida entre filmar, tirar foto, olhar pra eles, gritar o AJ, cantar as músicas.. haha! Foram os 15 minutos mais mágicos da minha vida. Nem penso no dinheiro que gastei. Foi mais uma realização em minha vida, mais uma prova de que nada é impossível quando você realmente quer e corre atrás. No dia seguinte tentamos descobrir em qual hotel eles estavam hospedados em NYC. Pegamos um dica na internet, mas não tínhamos certeza. Mesmo assim, nos plantamos na frente do Plaza Hotel, em uma pracinha do outro lado da rua e ficamos lá esperando por 3 horas. Era a única informação que a gente tinha e, se eles estivessem lá, encontraríamos com eles quando saíssem pro local do show. Infelizmente foi em vão... fomos embora, mas eu não estava triste não.. eu nunca imaginei que eles estariam tão perto de mim, que um dia eu estaria seguindo e tentando conhecê-los assim, com uma possibilidade tão real. Agora eu quero é mais. VIP e Souncheck na turnê This is us!

Wednesday, August 5, 2009

Dólar

Moeda forte é a americana, não há dúvidas. E não me importa o que dizem os especialistas. Um dia pus meu cesto de roupa suja na máquina de lavar, depois na de secar e, quando fui tirar a roupa já seca lá de dentro encontrei seis dólares no filtro – uma nota de cinco e uma de um. Não sei quanto a vocês, mas não importa a quantia, sempre fico feliz em encontrar dinheiro que eu não sabia que tinha.
(Ana Elisa)

Monday, July 20, 2009

O PULSO

Não quero explicar o porque de postar esta música aqui, além de admirar o Arnaldo e os Titãs. Mas essa música diz muito e vou deixar para cada um ler e refletir. Divirtam-se!

O pulso ainda pulsa
O pulso ainda pulsa...

Peste bubônica, Câncer, pneumonia
Raiva, rubéola, Tuberculose e anemia
Rancor, cisticircose, Caxumba, difteria
Encefalite, faringite, Gripe e leucemia...
E o pulso ainda pulsa, E o pulso ainda pulsa

Hepatite, escarlatina, Estupidez, paralisia
Toxoplasmose, sarampo, Esquizofrenia
Úlcera, trombose, Coqueluche, hipocondria
Sífilis, ciúmes, Asma, cleptomania...
E o corpo ainda é pouco
E o corpo ainda é pouco
Assim...

Reumatismo, raquitismo, Cistite, disritmia
Hérnia, pediculose, Tétano, hipocrisia
Brucelose, febre tifóide, Arteriosclerose, miopia
Catapora, culpa, cárie, Câimba, lepra, afasia...

O pulso ainda pulsa
E o corpo ainda é pouco
Ainda pulsa
Ainda é pouco
Assim...

Monday, June 29, 2009

Por que não solidão?




Uma pessoa deveria ter o direito de se isolar sem ser rotulada de “estranha”, ou “antisocial”. Afinal, qual é a urgência em sair, em curtir, em “aproveitar” a vida? Não posso aproveitar minha vida em minha própria casa? Livre do câncer de pele, da alergia ao pólen, das multas de estacionamento, da ressaca, das bactérias. E no fim das contas não sou só “eu”, sou eu e meus livros, eu e minha televisão, eu e meu computador, eu e meus DVDs, eu e minha cozinha, eu e minha cama, eu e meus pensamentos incontroláveis.
Ficar sozinho em casa não é problema. Problema é ficar preso no trânsito, nas filas quilométricas. Problema é ir em banheiro público, comer algo que você não sabe de onde veio e como foi preparado. Dar entrada gratuita a todos os tipos de germes existentes: isso é problema.
Mas devemos ser sociáveis! Devemos manter contato com as pessoas, ter um milhão de amigos, senão você não é normal, não é feliz. Satisfaço minha cota de sociabilidade usando o telefone, a internet e o correio, muito obrigado.
Todos os dias às seis e meia da manhã levanto da cama, vou ao banheiro, desço as escadas, aqueço uma tijela de leite no microondas, misturo dois tipos de cereal, assisto às notícias enquanto como, tomo um banho, me visto e saio para o trabalho. Enfrento o tráfego, enfrento o chefe, a sala minúscula que ocupo, os colegas mal humorados, as refeições apressadas… todos os dias. Chego em casa, tomo um banho, assisto tv, vou dormir. No fim de semana tudo o que quero é descansar em paz. Telefone toca, não atendo. Alguém bate na porta, finjo que não estou em casa. Tenho sido feliz assim, exatamente assim: estranho e antisocial. No momento não preciso de mais nada. Principalmente de críticas e palpites.

(Ana Elisa)

Friday, June 5, 2009

Na terra do tio Obama...



- Garagem não é o lugar onde se guarda o carro e sim a bagunça.
- Você deve ter um carro grande, de preferência uma mini vã, mesmo se sua família for composta por três pessoas.
- Blueberries são roxas.
- Você não precisa comer frutas e vegetais porque as comidas enlatadas e encaixotadas são enriquecidas de vitaminas.
- A comida daqui é boa sim, principalmente nos restaurantes italianos, mexicanos, brasileiros...
- O inverno ultrapassa as barreiras da estação em si.
- Se você coloca um ovo cozido no microondas ele explode.
- O copo de bebida pequeno é grande e o grande é gigante.
- Cachorro na rua é um absurdo. Coelho, esquilo e veado, não.
- Máquina de lavar, secar e lava-louças são extremamente úteis, tenho que admitir. Mas a secadora destrói algumas roupas.
- Nas aulas de inglês eu aprendi: “Hi, How are you? Fine, thanks.” Aqui é assim: “Hey, how are you doing? Good.”
- Americanos (em geral)acham sim, que o Brasil é uma floresta, com muita pobreza, que todas as mulheres são bonitas e expõem os peitos no Carnaval e que amamos praia e sol.
- "What a beeeeautiful day!!" é igual a dia de sol. "Nasty out, uh?!" é igual a chuva.
- A Estátua da Liberdade pertence ao estado de NJ.
- Homem americano é meio lerdo.
- GPS é uma coisinha muito útil.
- Os planos são feitos de acordo com o tempo (clima). Nunca saio de casa sem checar o canal 49.
- Estando longe de casa, todos os sentimentos vêm em dobro. Carência, solidão, saudade, confusão.
- Há mais brasileiros neste país do que se pode imaginar. E se for menina, ou é ou já foi Au Pair.

Friday, May 29, 2009

Backstreet Boys! Alright!


Eu preciso contar esta história! É a história de ser fã dos Backstreet Boys desde 1999. Poxa, uma década da minha vida! É muito mais que histeria adolescente. Tudo bem, começou assim, mas depois foi passando e vimos que era bem mais que isso. Primeiro eu vi uns clipes na casa de amigas e gostei daqueles carinhas bonitinhos, das vozes, das dancinhas. Depois comecei a gravar os Cds das minhas amigas (não tinha grana pra comprar) e a comprar revistas, recortar artigos, fotos, enfim, essas coisas de fã. Nesse meio tempo, minha prima Fernanda, que mora no DF, também gostava deles e eu não sabia até um dia que escrevi uma carta (isso mesmo, carta!) e mencionei os caras. Essa da carta é clássica: ela me perguntou qual era meu favorito e eu respondi, o AJ. Na carta seguinte ela me perguntou se eu tinha me enganado, trocado os nomes. Ela deve ter pensado: “Nossa como a Ana tem mal gosto!” porque o Alex era o mais feinho na época, cheio de brinco e tatuagem, mas aquela voz me conquistou pra sempre!
Daí em diante comecei a ter amigos por correspondência, trocávamos materias sobre nossos ídolos e contávamos um pouco de nossas vidas. Cheguei a receber mais de 10 cartas por dia. Aos poucos fui contaminando minhas amigas também, pois tudo o que eu falava tinha BSB no meio, e fiz amizade com fãs também. Lembro que eu, Dani e Evilázia passamos horas e horas regravando as fitas de vídeo que Vi tinha, dos programas de tv que eles apareciam. Eram dias felizes, uma overdose de BSB! E voltávamos pra casa delirando, cantando... Ah, não posso esquecer dos nomes que usávamos: Ana McLean, Nanda Littrell, Vi Carter, Dani Richardson, haha! Nas férias em que eu encontrava a Nanda era um plano mais infalível do que o outro pra ir no show e conhecer eles. Não me perguntem porque nem me lembro mais! A gente ficava horas contando os sonhos que tínhamos (dormindo e acordadas).
Aprendi muito inglês nessa época. Ouvia as músicas, aprendia as palavras, a pronúncia. Os BSB foram muito importantes também pra isso. Eu amava aprender com eles. As pessoas falam “Não sei por que vocês gostam desses caras, vocês nem sabem o que eles estão falando!”. No meu caso, eu sabia sim, e adorava.
Quando tínhamos 15 anos eles fizeram shows no Brasil. Mas enfim, eu era muito nova, não tinha dinheiro e blablablá... escrevemos pra todas as promoções existentes, gravamos uma fita de vídeo pro Luciano Huck levar a gente ao show, haha! E nada. Chorei, chorei igual uma louca. Via as reportagens, as fãs acampadas na porta do estádio e chorava... Depois disso o tempo foi passando, eu fui amadurecendo e estudando pra vestibular, mas ainda “gostava” deles.
No fim da faculdade eu estava numa crise de stress terrível, coisa de médico mesmo. Um dia no Msn Nanda me disse: ”Sabe do que você está precisando? Doses cavalares de BSB!” Uns dias depois eu estava no supermercado, começaram a tocar umas músicas antigas deles e me veio tudo na memória: o quanto nos divertíamos, o quanto a vida era mais leve, o jeito que as músicas me acalmavam, me emocionavam, e decidi tirar meus Cds do armário e também comprar os novos. Foi um milagre ouvir a voz do AJ de novo, nossa! Começamos a sonhar juntas de novo, a bolar planos (agora mais maduros mas não menos malucos)e a me sentir mais alegre a cada dia e a cada momento ouvindo BSB. Também fiz novas amiguinhas: a Dani, que disputa o AJ comigo, altas fantasias, haha! A Carla, que mora lá em Portugal. A Carol, que abraçou o Nick no soundcheck e levou grito do segurança! Tem a comunidade no orkut, que tem umas 60 mil pessoas, youtube, twitter, enfim, hoje é bem mais fácil ser fã.E hoje estou aqui, nos EUA, esperando a minha chance de ir ao show deles e admirando cada vez mais o talento,as músicas novas e a voz de cada um.
Para aqueles que vêm com a pergunta irritante: “Eles ainda existem?” A resposta é sim, eles estão juntos, trabalhando, melhorando a cada dia (meu conceito de sucesso não é número de cópias vendidas ou de fãs nos shows). O Kevin saiu, agora eles são um quarteto, três deles jã são pais de família e admiro as pessoas que eles demonstram ser, além da capa de Backstreet Boy (tá bom, alguns bebem, fumam e usam drogas, mas assim faz muita gente que conheço e amo mesmo assim).
É isso aí: mantendo o orgulho BSB vivo! Quiz muito colocar isso aqui porque é uma parte importante da minha vida! Pessoal, sintam-se a vontade pra acrescentar suas historinhas!

http://www.youtube.com/watch?v=Isck2ClDVUA

Tuesday, May 26, 2009

Exercícios de estilo

Odiava o mundo em que vivia.
Se perguntava se não havia outro lugar pra ir.
Passava as noites admirando estrelas.
Sonhava acordada.
Um dia entrou num sonho e nunca mais voltou.


(Ana Elisa)

Thursday, May 21, 2009

"Well open up your mind and see like me
Open up your plans and damn you're free
Look into your heart and you'll find love love love
Listen to the music of the moment maybe sing with me
I like peaceful melody
It's your God-forsaken right to be loved love loved love loved"
(Jason Mraz)

Saturday, April 18, 2009

Este momento

Você já parou para pensar que neste exato momento alguém em algum lugar no mundo está escrevendo sobre o que os outros podem estar fazendo naquele momento, enquanto outra lê um jornal, coça o nariz, assiste tv, estuda para a prova de anatomia (ou geografia, inglês, química, fonética, física, historia, psicologia, literatura, matemática, antropologia, bioquímica...). Alguém aí do seu lado pode estar tocando violão, navegando na internet, sorrindo, chorando, brigando, dormindo, te beijando, comendo um sanduíche, espirrando, tropeçando ou ate falando mal de você. Alguém, em algum lugar deste planeta (ou fora dele) pode estar se casando, se separando, tendo um filho, encontrando o amor de sua vida, nascendo, morrendo, viajando, dançando, trabalhando, roubando, decidindo onde vai passar as férias ou o futuro da nação. Enquanto isso, outros tomam banho, batem papo, assistem novela, explodem bombas, fazem orações, caminham, sentam na praça, passam batom, apanham, preparam o jantar, esperam o namorado, comemoram, lamentam, fogem de casa, sonham, tiram fotos, costuram, fazem caretas, sobem e descem escadas. Colocam silicone, cortam os cabelos, gritam, cantam, dançam, tomam veneno. Mulheres fazem as unhas, escovam o cabelo, ficam grávidas, menstruadas, se depilam, se decepcionam, se maquiam, vendem seus corpos, cuidam da casa, matam seus filhos, reclamam da vida, amamentam, são promovidas, são amadas. Crianças, brincam, pronunciam sua primeira palavra, choram, mamam, aprendem a andar, a ler, a escrever, desenham, correm, pulam, se balançam, fantasiam, pedem colo, trabalham, passam fome, provocam encanto, piedade. Do outro lado do mundo alguém pode estar te esperando, andando de bicicleta, de carro, de avião, de moto, de patins, skate, asa-delta, pára-quedas, caminhão, ou simplesmente a pé, olhando pro chão, colhendo uma flor e oferecendo-a à pessoa amada. Ao mesmo tempo, o seu vizinho ali do lado conta uma piada, solta um pum, frita um ovo, atende o telefone, mata uma barata, escova os dentes, pinta um quadro, quebra um copo, admira o pôr do sol, toma sorvete, pede carona, solta a voz num karaokê, faz uma surpresa, pula um muro (ou uma cerca), faz massagem, rega as plantas, passeia com o cachorro, espera o ônibus, limpa os óculos, faz xixi, masca chiclete, salva o mundo, tropeça na pedra que havia no meio do caminho, machuca o joelho e solta um palavrão, arranca um dente, escreve um livro, vai ao cinema, dá um show, gasta dinheiro, empresta dinheiro, ganha dinheiro, pede dinheiro, dá dinheiro, vira pro lado e fuma um cigarro, dança uma valsa, faz aniversário, arruma o armário,enterra um parente, faz fofoca, pede perdão, se abraça, sente saudade, ódio, frustração... E você aí, vendo o tempo passar e reclamando da falta do que fazer!
(Ana Elisa)

Monday, March 30, 2009

I'm really in the mood for this one today...

Alma gêmea

Percebera que de uns tempos pra cá os amigos não discutiam outra coisa. E não é que fossem um bando de infelizes e carentes de plantão. Achavam apenas que este era um dos grandes mistérios da humanidade, depois do “de-onde-viemos-porque-estamos-aqui-e-para-onde-vamos?”.
Por que as pessoas se divorciam tanto? Por que não permanecem juntas, tendo filhos, netos e bisnetos para um dia, velhinhos, tirarem uma daquelas fotografias em que todo mundo se espreme para aparecer?
Por que as pessoas hoje são tão egoístas, só pensam em suas carreiras, seu futuro, seu dinheiro? São tão estressadas e ansiosas, não têm tempo nem pra prestar atenção nos outros!A ala conservadora, que ainda possui um fio de esperança e romantismo, prefere acreditar que existe sim a tão falada alma gêmea. Só não sabem onde ela se esconde. Vivem uma busca incessante por aquela pessoa que os completa e chegam a olhar pra desconhecidos na rua e pensar: Será que é você?
Alguns defendem a ideia de que é simplesmente impossível. Se tiver que existir uma mulher para cada homem ser feliz, alguém lá em cima não sabe fazer conta. Esta é a teoria da ala liberal, dos que já desistiram do amor.
Certa vez resolveram fazer um estudo de caso rigoroso por que a alma gêmea de ninguém ali tinha aparecido ainda. Ou tinha aparecido e ido embora de vez. A primeira cobaia foi a Carlinha. Na adolescência o primeiro namoradinho foi enxotado de casa pelo pai dela. Mau começo. Alguns anos e casos sem importância depois, namorou exatamente um ano e terminou com o rapaz só porque ele esqueceu o aniversário de namoro e foi assistir a uma final qualquer de futebol.A Vera era exigente demais. Nunca fixou um relacionamento. Uma vez era porque o cara torcia pro Cruzeiro e ela pro Atlético, outra era porque ele gostava de jiló. Outro lá ouvia música sertaneja no volume máximo. Teve um que calçava 36. “Pés de moça”, dizia ela. Uma vez, um garoto de 17 anos se apaixonou por ela. Mas tinha 17 anos, ora! Uma vez, ela se apaixonou perdidamente. Mas ele tinha 43 e era casado.
E discutiam:
- Mas tem que existir alguém! Nós temos que saber é procurar!
- Olha só, pensa comigo: existem milhões de homens no planeta, certo? Certo, mas se a gente descontar os gays, os sacerdotes e seminaristas, os casados e comprometidos, os criminosos, os menores de 20 e maiores de 50, os galinhas e os da categoria insuportável, nossos amigos, primos, tios, irmãos, pais, avôs... Sobra o quê?Para os homens é supostamente mais fácil, por causa da oferta. Mas a maioria deles é liberal. As mulheres andam migrando pra ala liberal ultimamente, mas por trás deste discurso de independência ainda sonham com marido, cinco filhos, cachorro e papagaio.
Argumenta-se ainda que você mude com o tempo e suas exigências em relação ao outro também mudam. Por isso, não é uma única pessoa que vai te satisfazer pelo resto da vida.
Uma noite na casa do Léo, chegaram à conclusão de que seria impossível concluir alguma coisa desse debate. Tudo só não terminou em pizza, porque a pizza já tinha acabado. E o vinho também.
(Ana Elisa)

Saturday, March 21, 2009

Qualquer dia desses

Qualquer dia desses eu vou sair por aí. Chutar pedras na rua e perguntar: “O que foi? Nunca me viu?”. Vou sair por aí e não vou sorrir pra ninguém, nada de boa tarde, boa noite, bom dia, oi-como-vai-tudo-bem-obrigado. Porque nada vai estar bem quando eu sair por aí assim. Qualquer dia desses eu vou gritar com você na rua, eu vou mandar você para aquele lugar, porque de vez em quando dá vontade, viu. Qualquer dia desses eu vou sair por aí e andar no meio da rua, os carros que desviem! Vai começar a chover e eu não vou me esconder, não. Eu vou é cantar a noite toda na rua até você chegar e me abraçar, porque de vez em quando é bom, viu.
Qualquer dia desses eu vou sair por aí, vou bater na porta da sua casa e te levar comigo. A gente vai embora daqui e nunca mais volta. Ou volta se der vontade. Vem, vamos logo! A nave está esperando e a lua está cheia. Um dia desses eu ainda paro o relógio da vida e todo o tempo do mundo vai ser nosso. Não se preocupe, não haverá mais trabalho, chefe, prazo, telefone, família, vizinhos. Qualquer dia desses só haverá nós dois. Eu e você, você e eu. Se for só eu não dá certo. Então se prepara, porque qualquer dia desses eu te pego pra mim. E não vai ter mais jeito, você vai ser meu pra sempre. Qualquer dia desses.
Vou sair por aí um dia desses e entrar num ônibus. Vou chorar e rir ao mesmo tempo e ninguém tem nada a ver com isso. Vou parar em um lugar que nunca vi na vida, mas que tenho certeza que é o meu lugar. E vou estar sozinha, porque esse lugar é só meu. Vou pintar os lábios e as unhas de vermelho, pra combinar com o vinho. Vou sair e vou ver o sol nascer dentro de mim. Daqui de cima a vista é linda demais. E você não vai estar comigo. Porque teve medo.
Um dia... pode ser amanhã, ou depois, ou depois... vou comer um quilo de sorvete sozinha, pensando em você. Vou explodir e em cada canto do mundo vai ter um pedacinho de mim. Procurando por você. Vai ficar mais difícil, né?! Qualquer dia desses você vai sair por aí e não vai mais voltar. Porque você me encontrou. Qualquer dia desses... hoje não.
(Ana Elisa)

Thursday, March 12, 2009

Saturday, March 7, 2009

Mini Saga

Eles são muito diferentes. Entretanto, parecem feitos um para o outro. Ele, carente e solitário. Ela, extrovertida e solícita. Ele só a visita quando tem vontade. E ela está sempre lá. Ele pode tê-la inteiramente para si, sem muito dar. Por isso, não consegue mais viver sem a internet.

(Ana Elisa)

Saturday, February 28, 2009

Medos...

Tinha medo de...
Meu medo era ir pra escola. Não sabia o que se fazia lá naquele lugar. Não sabia o que iria acontecer comigo. Não sabia nada. Tinha medo. Até que um dia, fui. E nunca mais parei. Passei a ter medo de algumas professoras, aquelas que tinham cara de brava. Me davam pesadelo à noite. Ficava quietinha durante a aula, pra não chamar atenção. De vez em quando, ou melhor, quase sempre, eu tinha medo de fazer prova, de tirar nota ruim, de dizerem que eu era burra. E eu não era burra. Só medrosa. E chorona. Tinha medo de chegar atrasada, de fazer pergunta na aula e, principalmente, eu tinha medo dos meninos. E das meninas maiores. Essas foram minhas únicas preocupações por um bom tempo.
Eu tinha (e quem não tem?) medo de escuro, medo da noite. Quando ia dormir, apagava a luz e corria depressa pra cama. Uai, vai que tem alguma coisa lá em baixo. Eu é que não ia arriscar. Me embrulhava toda na coberta e ficava quietinha até dormir.
Morria de medo de ir à parte funda da piscina, de balançar forte, de subir na gangorra e cair, me machucar. Tinha medo de gente doida, de bêbado, de fantasma, mulher de branco, tarado, ladrão, bicho papão, cuca, lobisomem. Hoje tenho medo de gente normal. Até de mim mesma.
Temia não passar no vestibular. Esse foi um dos maiores nos últimos anos. Depois veio o medo de não arrumar emprego. E o que sempre está aqui e sempre estará. O medo do futuro, do desconhecido. Nunca se sabe o que a vida lhe reserva lá na frente. Isso dá uma insegurança. Você acha que controla alguma coisa, mas você não manda em nada.
Hoje os medos evoluíram. Um grande medo é ficar sozinha. A solidão assusta, não acha? Também tenho medo do tempo. De ficar velha. Tenho medo de engordar. Medo que meus filhos me chamem de coroa, de careta. Medo de me tornar uma adulta mesquinha, rancorosa e ranzinza. Tenho medo de ficar doente, de ficar careca. Tenho medo de não poder viajar nas próximas férias.
E você? Tem medo de quê? Você pode até ter medo de lagartixa, só não tenha medo de viver. Nem de morrer. Não tenha medo de amar, nem de ser ridículo. Não tenha receio de sonhar. E realizar seus sonhos. Grite, ame, cante, dance, corra, ande na montanha russa, vá à parte funda da piscina, pergunte, curta o escurinho. Não tenha medo da vida. Tema o arrependimento.
(Ana Elisa)

Sunday, February 15, 2009

"Cause we all live under the same sun
We all walk under the same moon
Then why, why cant we live as one
Cause we all live under the same sky
We all look up at the same stars
Then why, tell me why cant we live as one"
(Scorpions)

Saturday, February 14, 2009

Duas semanas

E entao, duas semanas se passaram desde quando me despedi de minha familia na rodoviaria de Montes Claros. Minha irma e minha mae chorando me cortaram o coracao (pq os homens da familia nao choram.) Eu, desesperada, apavorada, indo para Sao Paulo sozinha, sem a minima ideia do que fazer quando chegar (cidade grande ainda me assusta, sou caipira mesmo, viu!). Mas quando cheguei logo vi os taxis na rodoviaria e fui direto pro aeroporto, onde fiquei esperando horas...
Enfim, quando o pessoal chegou foi otimo, so festa, ficamos conversando, fizemos check in (uma das muitas palavras novas do meu vocabulario e tb uma das muitas primeiras vezes q vem acontecendo em minha vida ultimamente.), embarcamos e eu estava tao nervosa sobre outras coisas que nem tive medo do aviao (outra primeira vez)
O treinamento foi otimo, a escola e maravilhosa, conheci gente do mundo todo e o grupo brasileiro e tudo de bom, nos divertimos muito (saudades gente!). no segundo dia nevou, so ficamos tirando foto e passando frio, rsrs.
NY!!!!!! Nossa, nem da pra acreditar que estavamos la, vendo tudo que so viamos pela tv... nao da pra descrever a emocao!
A chegada na familia nao foi nada glamouroso, mas aconchegante. Minha familia nao e rica, meu quarto nao e de princesa, o carro que dirijo nao e chique, mas a familia faz de tudo por mim e as criancas sao super educadas e maduras para a idade.
E uma mistura de sentimentos, alegria, saudades, duvidas, tensao, expectativas, cansaco... Mas, sim, estou feliz!!

Thursday, January 22, 2009

About a dream

Um sonho de verdade nunca morre. É a ideia (olha o acordo ortográfico!) mais maluca que se pode ter, mas que nunca sai de sua mente e de seu coração. Foi assim comigo até que me rendi. Tomei a decisão e hoje estou prestes a realizar uma das maluquices que habitam minha cabeça.
Morar em outro país é um sonho desde quando me apaixonei pela língua inglesa – há mais de dez anos e, ultrapassando todas as dificuldades, o programa Au Pair tornará tudo possível.
O primeiro passo foi aprender a dirigir (depois do fracasso da motocicleta precisei de muita força de vontade pra voltar pra autoescola). Todos temos nossos pontos fracos, não é? Então, já sabem o meu. Achei que nunca seria capaz de aprender a dirigir e passar no exame, mas Deus sabe o que faz e no decorrer desse caminho aprendi a confiar e a entregar tudo em Suas mãos. Segunda tentativa, acho que nem era eu dirigindo!
Habilitação em mãos, um passo de cada vez: preparo e entrega de dossiê, perfil online, muita ansiedade e oração pela família perfeita, contatos, match! Foi a primeira família e gostei de cara. Perfect timing!
Visto: meu Deus do céu, quanta ansiedade! Primeira vez em São Paulo, lá vou eu pro Consulado, aquela fila imensa (total de cinco horas de espera). Entrevista? Nem dois minutos (Você fala inglês? Onde estudou? O que vai fazer quando seu programa acabar? O que seu pai faz? Pague a taxa e boa viagem!). E eu ainda ousava duvidar que Deus está no comando! De brinde ainda ganhei o Carlos Casagrande (feio, rsrs) sentado perto de mim.
Me despedir do primeiro emprego, onde fiquei três anos e meio não foi fácil, mas sinto que preciso dessa ruptura, dessa mudança em minha vida.
Agora estou aqui na contagem regressiva, fazendo as malas, me preocupando com o peso das mesmas e com o frio que está lá!
Espero que esse ano me traga muito aprendizado, segurança e autoconhecimento!
Certa vez ouvi o Zé Ramalho declamando:
"A defesa é natural.
Cada qual para o que nasce,
cada qual com a sua classe,
seus estilos de agradar.
Um nasce para trabalhar,
outro nasce para a briga,
outro vive de intriga
e outro de negociar.
Outro vive de enganar.
O mundo só presta assim:
é um bom, outro ruim,
e outro tem jeito para dar.
Pra acabar de completar,
quem tem o mel, dá o mel.
Quem tem o fel, dá o fel.
Quem nada tem, nada dá."
Sabedoria de violeiro!

Wednesday, January 21, 2009

Ana Elisa, 22 anos, mineira, formada em Letras, professora, aspirante a escritora e tradutora, au pair. Palavras que me descrevem mas não me limitam. Sou normal. Sou neurótica. Amo estar sozinha, temo a solidão. No universo da busca pelo corpo perfeito, caio de boca nos prazeres da cozinha e da literatura. Sonho alto. Tenho fé, mas tenho medo. Quero abraçar o mundo, falar todas as línguas e conhecer todas as maravilhas criadas por Deus e pelo homem. Quero tudo ao mesmo tempo aqui e agora. Mas estou aprendendo a dar um passo de cada vez e não tropeçar. Fico na paz, fico na minha. Observo tudo com olhos curiosos e mente aberta. Sou uma estranha na terra do axé, da farra e da sensualidade. Uma louca que passa férias lendo grossos livros e vendo DVDs repetidos. Uma jovem mulher que passa meses sem cabeleireiro ou manicure e que sofre pra fazer compras. Sou aquela que adora supermercado e tem mania de organização. Ansiosa, perfeccionista. Gosto do meu espaço, das minhas coisas, do meu tempo. Esta sou eu, sob UM ponto de vista - ainda em construção - o de dentro.